Projeto Corpo e Moda que foi patrocinado pela Capricórnio Têxtil e pela CAV Tecidos deu origem a uma mostra de modelos fora dos padrões comerciais.
A partir de uma reflexão sobre as necessidades do público com deficiência física surgiu no Senac São Paulo o projeto Corpo e Moda, que pesquisa estilos para pessoas que têm dificuldade em encontrar roupas que se adequem às suas particularidades, fora das medidas e estruturas do padrão comercial. Em parceria com o fabricante de denim Capricórnio Têxtil e pela importadora CAV Tecidos, duas empresas-irmãs, o Senac Lapa promoveu um desfile e mostra de moda inclusiva no dia 11 de dezembro. As empresas patrocinadoras forneceram tecidos para a criação de uma coleção voltada exclusivamente aos colaboradores com necessidade especiais, de várias unidades do Senac.
O projeto também gerou uma mostra no Senac Faustolo com modelos e uma linha de manequins especiais, que reproduzem algumas deficiências físicas, como uso de próteses de perna, produzidos pela Expor Manequins. A exposição foi lançada no dia 3 de dezembro, dia mundial da pessoa com deficiência. A participação da Expor Manequins criou modelos que representam medidas e corpos de maneira realista. Os manequins vestindo exemplares de moda inclusiva estão expostos no Senac Faustolo, em São Paulo, dentro do projeto Corpo e Moda. “Todo aprendizado sobre a moda inclusiva adquirido nessa edição será inserido no planejamento dos cursos envolvidos no projeto”, afirma Neli Fernandes de Moraes Minetto, docente de Moda do Senac Lapa Faustolo e colaborado do projeto Corpo e Moda.
A iniciativa surgiu a partir de um vídeo sobre a criação de manequins com deficiência física, apresentado pela gerente da unidade Senac Lapa Faustolo. “A área de criação, em parceria com a área de desenvolvimento, discutiu sobre a possibilidade de um trabalho integrando várias áreas do conhecimento, em um projeto de desenvolvimento de coleção de moda inclusiva. A partir do reconhecimento da oportunidade, seguiram com o planejamento e desenvolvimento do projeto”, explica Neli.
O desfile envolveu turmas dos cursos de Desenhista de Moda, Modelista, Produção de Moda, Make e Hair para Eventos e Festas, e também Pós-graduação em Criação de Imagem e Styling de Moda da unidade Lapa Faustolo, alunos de Fotografia de Moda, Beleza e Retrato, da unidade Lapa Scipião, além de docentes, coordenadores e funcionários de outras unidades da capital paulista. Foram cerca de 60 alunos, 15 docentes, coordenadores e funcionários. O desfile de encerramento do projeto contou com apresentação de 16 modelos.
Neli explica que a primeira etapa do projeto identificou pessoas com deficiência físicas e seus desejos pessoais de moda. “A partir de uma entrevista e tomada de medidas, foram desenvolvidas roupas sob medida, de acordo com este desejo e estilo pessoal, adaptadas a cada necessidade específica. Na entrevista foi levado em consideração todos os desejos e necessidades de cada um para a confecção de peças adaptadas em função da particularidade física, que oferecessem o máximo de autonomia na hora do vestir, sem deixar de lado o visual, a beleza, o caimento da roupa”, ressalta a docente.