Zig Mundi contrata presidiários para acabamento

Desde o mês passado, detentos estão encarregados de aplicar detalhes em patchwork em parte da produção da marca de roupas infantis

Com fábrica em Terra Roxa, interior do Paraná, onde são realizadas as etapas de criação, corte, bordado e distribuição para facções, a Zig Mundi firmou acordo no mês passado com o Ministério Público do estado para contratar detentos da cadeia da cidade. Semanalmente, a marca de roupas infantis com linhas para bebês e primeiros passos envia modelos para que os presos apliquem detalhes em patchwork. De acordo com a empresa, 17 dos 40 detentos aptos a participar do projeto aderiram à ação.

Eles recebem por peça confeccionada, além de terem a pena reduzida – um dia para cada três dias trabalhados. Em Eldorado, no Mato Grosso do Sul, onde a empresa mantém outra unidade encarregada do acabamento das peças e costura, a ZigMundi já desenvolve trabalhos com ONGs locais, para as quais envia resíduos e sobras de tecido para confecção manual de tapetes, que são vendidos pelas entidades. “Foi conhecendo nosso trabalho que o delegado de Terra Roxa sugeriu que fizéssemos o convênio”, explica Márcio Gonçalves, um dos sócios da marca, criada há um ano.