Segunda edição da chamada Lojinha de Rua acontece no dia 12 de junho, no abrigo para refugiados de guerra e imigrantes da África e do Haiti, na capital paulista.
As estilistas Cristiana Ventura, da Hoxton, e Marina Pestana, criaram o projeto Lojinha da Rua, iniciativa que nasceu do desejo das duas de fazer algo pela população carente e transformar a vida de pessoas em situação vulnerável através da moda. Sem fins lucrativos, nem bandeira partidária ou religiosa, a idéia foi reunir voluntários e doações que pudessem beneficiar aqueles que não têm o que vestir.
De acordo com as empresárias, o objetivo é que as pessoas em situação de rua possam resgatar sua autoestima e se abrir para novas possibilidades. Com a participação de diversos voluntários, uma loja a céu aberto é montada no dia do evento, com araras divididas entre feminino, masculino, infantil, um cantinho para os acessórios, outro para sapatos, um espaço especial para higiene e beleza, e uma área dedicada aos pets.
O evento dura um dia e acontece duas vezes por ano. A primeira edição, em dezembro de 2014, arrecadou quase 5 mil itens em apenas uma semana. A próxima está marcada para o dia 12 de junho, no abrigo de refugiados de guerra e imigrantes da África e do Haiti, localizado na rua do Glicério, 225, na capital paulista.
O estoque da Loja da Rua é abastecido por doações, fruto de uma limpeza no guarda-roupas, e de marcas de roupas dos colaboradores. Além de escolherem o que os agrada, de acordo com seu estilo e gosto pessoal, o público pode recorrer aos voluntários que ajudam trabalhando como consultores de estilo, sugerindo looks para, por exemplo, uma entrevista de emprego.
Os moradores de rua não pagam pelos artigos que escolhem, tampouco pela consultoria que podem receber. A iniciativa conta com 13 pontos de coleta de doação de roupas em diversos bairros da capital paulista e também em Santos, Guarulhos, Guararema e Campinas.