Balanço da reunião em Washington cita as conversas entre Abit e Aafa para negociar a facilitação do comércio bilateral entre os dois países.
Durante reunião em Washington na quarta-feira, 29 de junho, que marcou os dez anos do início do Diálogo Comercial entre Brasil e Estados Unidos, representantes dos dois países destacaram avanços para o comércio bilateral. Entre as iniciativas setoriais de cooperação previstas está a relativa à área têxtil. Segundo o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) e a Aafa (American Apparel and Footwear Association) “iniciaram diálogo para cooperação bilateral” no sentido de estabelecer uma convergência regulatória, nos mesmos moldes do acordo que está prestes a ser finalizado na área de cerâmica.
As conversas entre as duas entidades setoriais já duram dois anos e o desfecho está longe, diz fonte a par do assunto. “O objetivo é a realização de análise comparativa entre as respectivas exigências regulatórias ou normativas de cada país, de modo a identificar áreas em que há espaço para iniciativas de convergência ou de reconhecimento mútuo”, cita comunicado do Mdic sobre as tratativas no setor têxtil. Negociado entre a Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres (Anfacer) e o Tile Council of North America (TCNA), o acordo no setor de cerâmica permitirá que produtos brasileiros entrem nos Estados Unidos com selo do Inmetro e os itens americanos com o selo da agência de certificação deles.
Outro anúncio feito na reunião é de que os exportadores brasileiros que vendem aos Estados Unidos terão mais duas empresas de certificação americana operando no Brasil. Desde junho do ano passado, o primeiro laboratório de certificação americano, o Underwrites Laboratories (UL), iniciou atividade local. Agora, acreditados pelo Inmetro, Intertek e TUV Rheinland também passam a realizar localmente procedimentos para a certificação de produtos brasileiros destinados ao mercado dos Estados Unidos, informa o Mdic. O próximo passo será a acreditação de laboratórios brasileiros para operarem nos Estados Unidos.