De acordo com a Abit, o país é o quarto maior produtor têxtil e de confecção, atrás de China, Índia e Paquistão, nessa ordem
Com faturamento de U$ 60 bilhões, que corresponde a aumento de 22% sobre 2009, o Brasil subiu uma posição no ranking mundial do setor têxtil e de confecção, em 2010. O desempenho rendeu ao país a condição de quarto maior produtor, atrás apenas de China, Índia e Paquistão, nessa ordem.
De acordo a Abit (Associação Brasil da Indústria Têxtil e de Confecção), a produção brasileira na área de confecção foi de 9,8 bilhões de peças, incluindo artigos de vestuário, linha lar e artigos técnicos e industriais, absorvidos quase que exclusivamente (92%) pelo mercado interno. Como parâmetro de comparação, a entidade informa que, em 2006, foram 7,9 bilhões de peças.
O levantamento apresentado informa, ainda, que em 2010 o setor contou com 31 mil empresas, que juntas, incluindo a indústria têxtil, fizeram investimentos da ordem de US$ 1,5 bilhão e empregaram 1,67 milhão de profissionais.
“A despeito da crise e dos mercados tradicionais em retração, no período de 2009 a 2010, o mercado interno brasileiro estava bem aquecido e, mesmo com aumento contínuo dos produtos importados, a indústria brasileira teve um expressivo faturamento”, ressalva em comunicado ao mercado, Aguinaldo Diniz Filho, presidente da ABIT. Para acrescentar em seguida: “No entanto, o cenário em 2011 já se apresenta bem diferente, e de janeiro a agosto, a queda na produção está em 12%, enquanto o varejo acumula alta de 6%. Resultado da crise do algodão vivenciada neste ano, desaquecimento do mercado interno e maior participação dos importados”, enfatizou o executivo, avaliando que 2011 não irá repetir o crescimento do ano anterior.