De líder, mercado brasileiro caiu para a quinta posição como ambiente favorável ao desenvolvimento de negócios em pesquisa da AT Kearney.
Primeiro colocado nos três últimos anos, o Brasil caiu para quinta posição em apenas um ano como o país mais atraente para o desenvolvimento de negócios de varejo entre os países emergentes em 2014, de acordo com a edição anual do Índice Global de Desenvolvimento do Varejo, elaborado pela consultoria AT Kearney. O Chile ultrapassou o Brasil, assumindo a liderança no bloco emergente.
A China, por sua vez, subiu duas posições e ficou em segundo tomando o lugar do Uruguai, que caiu para terceiro no ranking composto por 20 países. O estudo da AT Kearney compara a oportunidade econômica frente aos riscos e considera o grau de saturação do mercado de varejo nesses países. O Brasil foi o grande prejudicado da lista. No entanto, o estudo aponta que apesar do baixo crescimento do PIB, o país continua com uma classe média forte, baixos níveis de desemprego e baixa inadimplência bancária, colocando-o em uma boa posição no varejo popular.
Também destaca que players internacionais estrearam no Brasil no período como a Forever 21, marca de fast fashion com planos para sete lojas em um ano, a Gap e a Topshop, para competir com veteranas estrangeiras, como C&A e Zara. O estudo cita ainda que a Apple abriu sua primeira loja na América Latina no Rio de Janeiro, no início de 2014, e que a gigante chilena Cencosud anunciou investimentos de US$ 41 milhões para abrir dez novas lojas e fortalecer sua rede de distribuição. Também no segmento, a Lojas Americanas anunciou que planeja abrir cem unidades por ano, mantendo o ritmo de expansão desde 2009, e o Grupo Pão de Açúcar abriu 128 lojas em 2013.
O ponto fora da curva no segmento de supermercados é o Walmart, que fechou 25 lojas apontando desafios no investimento do varejo. A América Latina tem destaque no estudo com três dos cinco principais países com classes médias em expansão. Além do Chile, Brasil e Uruguai, o Peru aparece em 13º e a Colômbia em 21º lugar no ranking.
Os dez primeiros no ranking geral dos emergentes são pela ordem: Chile, China, Uruguai, Emirados Árabes Unidos, Brasil, Armênia, Georgia, Kwait, Malásia e Cazaquistão.
