Valor embarcado mais que dobra em junho, enquanto a importação também volta a crescer mas ficando em patamar bem abaixo do início do ano
A desaceleração dos negócios em maio provocada pela paralisação dos caminhoneiros foi superada em junho no comércio exterior de denim. Tanto a exportação quanto a importação cresceram no mês impulsionadas pela alta do dólar. O valor embarcado de denim brasileiro mais que dobrou em junho, chegando a US$ 4,53 milhões frente aos US$ 2 milhões registrados em maio e crescendo quase 40% em relação a junho do ano passado. O destino soberano do denim nacional é a Argentina, país vizinho para o qual foram enviados US$ 1,55 milhão, em junho. A Colômbia comprou US$ 471 mil e a Holanda, outros US$ 390 mil, formando os três principais compradores no mês.
Depois de recuar por quatro meses seguidos, a importação de denim voltou a aumentar, com crescimento de 45,53% sobre maio, passando em junho para US$ 1,65 milhão, mostram os dados do sistema de controle da balança comercial brasileira administrado pelo ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. A China é o fornecedor de quase todo o denim que entra legalmente no mercado brasileiro. Só em junho, os chineses venderam US$ 1,44 milhão. A diferença veio da Índia e de Taiwan.
O saldo mensal da balança comercial de denim permanece positivo em US$ 2,88 milhões, o triplo do valor totalizado em maio.
Com esse desempenho em junho, o setor de denim brasileiro encerrou o semestre com negócios em alta. Como esperado, as importações tiveram crescimento expressivo considerando o confronto com os primeiros seis meses de 2017. O acumulado até junho de 2018 somou US$ 13,47 milhões em compras, ante os US$ 6,52 milhões do primeiro semestre do ano passado, que correspondem a avanço de 106%, mesmo com a desvalorização do real frente ao dólar.
O aumento das exportações foi bem mais discreto. O Brasil vendeu ao exterior US$ 20,76 milhões de janeiro a junho deste ano, contra US$ 18,50 milhões no primeiro semestre de 2017, valor que representa expansão de 12,22%. A comparação entre os dois semestres mostra ainda que o volume físico embarcado ficou praticamente o mesmo: 3,2 toneladas no período.