No acumulado do ano, porém, o avanço não chega a 5% em relação a igual período de 2017
Como ocorreu no ano passado, a balança comercial brasileira do setor têxtil registrou salto das exportações em agosto. Em 2018, as vendas brasileiras subiram 56,90% em agosto sobre o mês anterior, movimentando US$ 130,9 milhões. Mas, no acumulado do ano, as operações subiram pouco (4,14%) sobre o período de janeiro a agosto de 2017, totalizando US$ 1,1 bilhão, mostram os dados do sistema de controle da balança comercial do país.
A Argentina continuou sendo o principal destino das exportações brasileiras respondendo em agosto por US$ 23,7 milhões. O Paraguai foi o segundo destino do mês equivalendo a US$ 11 milhões. E o Vietnã assume o posto de terceiro maior destino das exportações brasileiras sustentando em agosto US$ 7,3 milhões, à frente da China que comprou US$ 7,2 milhões.
Em termos de produtos, o algodão representa praticamente US$ 39 milhões do total de agosto, com o Vietnã sendo o principal comprador, mediante embarques avaliados em US$ 6,2 milhões, ou seja, praticamente tudo o que o país asiático comprou em agosto do Brasil.
No mês, o Brasil exportou US$ 10,2 milhões em roupas, aumento de quase 30% sobre julho, sendo que cerca de 30% foram embarcados para o Paraguai (US$ 3,1 milhões). Outros US$ 1,27 milhão foram vendidos para os Estados Unidos e mais US$ 1,24 milhão para o Uruguai. Em comparação com janeiro a agosto de 2017, o acumulado do ano em roupas mostra que as exportações para o Uruguai deram um salto de quase 40%, para chegar a US$ 13,4 milhões, encostando na Argentina, que comprou nos primeiros nove meses do ano US$ 19,5 milhões, queda de 4%.
IMPORTAÇÃO CRESCE POUCO EM AGOSTO
Pelo terceiro mês consecutivo, as importações brasileiras de artigos têxteis, como tecidos, fios e roupas, cresceram em agosto. Em relação a julho, a expansão foi pequena, de 2,73%, para atingir US$ 496,7 milhões, distante do recorde de março (US$ 565 milhões) e contida pelo avanço do valor do dólar em relação ao real. A China permanece disparado como o maior fornecedor, tendo colocado no país US$ 251,4 milhões em mercadorias, dos quais US$ 69,6 milhões em roupas.
No acumulado do ano, as importações do setor como um todo subiram 17% em relação a 2017, somando US$ 3,9 bilhões, dos quais US$ 2 bilhões vindos da China, crescimento de 20% sobre janeiro a agosto do ano passado.
Mais roupas importadas também chegaram ao mercado brasileiro. Em agosto, o país internou US$ 137,5 milhões, aumento de quase 10% tanto sobre julho quanto em relação a agosto de 2017. No acumulado do ano, as importações de roupas totalizaram 1,2 bilhão, 20% a mais que no ano passado, devido ao aumento da compra de peças da China e de Bangladesh.