Tanto a importação quanto a exportação de denim despencaram pela metade em maio em relação às transações realizadas no mês anterior
As operações de comércio exterior em maio foram afetadas pela alta do dólar, que veio em escalada de valorização desde abril, e pelos dez dias de greve dos caminhoneiros que interromperam os transportes de mercadorias nas estradas brasileiras, tornando a entrada e saída de produtos dos portos uma atividade complicada. No denim, tanto a importação quanto a exportação despencaram pela metade em maio em relação ao mês anterior. As compras de denim do exterior somaram US$ 1,13 milhão, tombo de 52% em relação a abril, embora sobre igual mês de 2017, o valor tenha recuado 8,4%.
A China é o principal fornecedor de denim para o Brasil, respondendo em maio por 63% do total, que correspondem a US$ 716 mil. Outros cinco países dividem os US$ 416 mil restantes: Equador, Turquia, Peru, Itália e Estados Unidos, pela ordem do maior para o menor, segundo os dados do sistema de acompanhamento do comércio exterior vinculado ao governo federal.
As exportações também minguaram em maio, caindo para US$ 2,02 bilhões, valor que representa queda de 46,62% sobre abril e de 42,23% no confronto com igual mês de 2017. O Brasil vendeu denim para 13 países, continuando a Argentina como o principal destino, para onde foram exportados US$ 880 mil em tecido. Em maio, os outros dois compradores foram Equador, que absorveu US$ 213 mil, e Bolívia, que sustentou outros US$ 173 mil.
O saldo do denim nacional permanece positivo pelo terceiro mês consecutivo, registrando US$ 903,5 mil em maio, com diminuição de 37% sobre o superávit de abril. Porém, em relação a maio de 2017, o revés foi muito mais profundo, tendo recuado 60% nesse confronto.