Juntas, empresas do estado cortaram 17 mil vagas, das quais 2,2 mil eliminadas pelos setores de produtos têxteis e vestuário.
Desde janeiro, a indústria de transformação de São Paulo vem reduzindo o quadro de pessoal. Em maio, o processo se agravou com a demissão de 17 mil trabalhadores de 19 dos 22 ramos de atividade monitorados pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) para a pesquisa mensal sobre o nível de emprego. Do total cortado, 2.229 eram funcionários de empresas de produtos têxteis e de vestuário, sendo que as confecções despediram 1.717 profissionais e as têxteis, 512.
Os números de redução só não foram maiores porque a indústria de alimentos contratou 2.276 trabalhadores no mês e a de derivados de petróleo, outros 259. O setor de produtos diversos ficou estável com pequeno aumento de 33 vagas, mostra a pesquisa da Fiesp. Pelo acúmulo dos cortes até maio, a entidade avalia que encerrará o ano com 150 mil vagas eliminadas, pior do que o corte de 110 mil efetuado na crise econômica de 2009.
A pesquisa costuma destacar as regiões com comportamento de alta e de retração. Em maio, Santa Bárbara d’Oeste aumentou o quadro de pessoal em 2,65%, puxada sobretudo pelo setor de alimentos e uma leve contribuição da indústria de produtos têxteis. Já Bauru figurou entre os destaques negativos, com redução de 1,93%, influenciada pelos cortes das confecções de vestuário e de metal.