Atividade têxtil e de confecção estão entre os quatro segmentos que juntos responderam por metade do corte de vagas do estado no setor.
Somando as demissões efetuadas pela indústria paulista de produtos têxteis e pelas confecções de vestuário e acessórios, o corte nesses dois ramos de atividades chegou a 4.766 vagas, sendo que a têxtil demitiu 2.389 trabalhadores e as empresas de roupas, mais 2.377, em julho. Essa eliminação de postos só não foi maior que a aplicada pelas montadoras (-6.611) e pelo segmento de produtos de borracha e de material plástico, informa a pesquisa mensal realizada pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) acerca do nível de emprego na região, e divulgada ontem, 13 de agosto.
O corte conjunto desses quatro segmentos correspondeu à redução de 15.397 postos de trabalhos, a metade do total de 30,5 mil demissões registradas pela pesquisa de julho. Segundo a Fiesp, dos 22 setores observados, 17 estão em baixa, três contrataram e dois mantiveram o quadro de pessoa estável. O Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp e do Ciesp, responsável pelo levantamento, atribui o enxugamento a pressões da crise econômica enfrentada pelo país e da crise política que dão pouca margem para as empresas traçarem novos planos.