Seguindo o comportamento do setor como um todo, os segmentos de produtos têxteis e vestuário também reduziram quadro de pessoal em dezembro.
As indústrias do estado de São Paulo terminaram o ano como começaram: eliminando vagas de trabalho, deixando um enorme saldo negativo em dezembro de 35.500 postos a menos do que tinham em novembro, informa a pesquisa mensal de nível de emprego da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Não foi diferente com os segmentos de produtos têxteis e vestuário que com a redução de oferta de dezembro ficaram ainda menores.
Desde janeiro de 2015, as confecções de roupas vêm enxugando o quadro de pessoal. Nesses dois anos, o saldo só ficou positivo em outubro de 2016. Os cortes de novembro e dezembro (quase 3 mil a menos no mês) só perdem para a severidade do volume de demissões imposto em junho. Com isso, a atividade encerrou 2016 com 15.689 vagas a menos do que em 2015, um dos piores anos para o trabalho no segmento. As confecções representam o terceiro setor que mais demitiu na indústria no ano passado, mostra a pesquisa da Fiesp.
Também a indústria têxtil demitiu mais que contratou em 2016. O saldo não melhorou nem mesmo com dois meses consecutivos de abertura de postos de trabalho, como ocorreu em setembro e outubro. Em novembro e dezembro, as demissões foram das mais severas do ano. Com cerca de 1,6 mil vagas a menos em dezembro que no mês anterior, a atividade eliminou 6.165 vagas em 2016.
“O emprego na indústria veio se ajustando à queda da produção. Acreditamos que o período agora seja de estabilização, com retomada mais intensa de vagas apenas a partir de 2018”, declarou o gerente do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Guilherme Moreira.