Embora o saldo seja positivo, o semestre termina com empregos em queda na área, reproduzindo em ritmo mais suave o corte da indústria paulista em geral.
Pela primeira vez em seis meses, os fabricantes de produtos têxteis voltaram a demitir em junho, ainda que em ritmo contido. Cortaram 124 empregos, de acordo com a Pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo, feita pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, divulgada na manhã desta sexta-feira, 14 de julho. Mesma medida de contenção foi adotada pelas confecções de vestuário do estado, que fecharam 157 vagas em junho, volume menor que os quase mil demitidos de maio.
Influenciou nesse resultado as demissões registradas em confecções de roupas na região de Botucatu, mostra a pesquisa mensal. Mesmo com essa queda no nível de emprego, o setor mantém saldo positivo no semestre. De janeiro a junho, a indústria dos dois segmentos mais contratou que demitiu. O saldo em vestuário soma 2,1 mil vagas criadas no período; e o da indústria de produtos têxteis totaliza 2,4 mil emprego a mais.
A indústria paulista como um todo também assinalou corte de empregos. Fechou 9,5 mil vagas em junho. No semestre acumulou, contudo, alta com a oferta de 10 mil novas vagas de trabalho. Segundo a Fiesp, este é o melhor resultado desde 2013. “Esperamos uma retomada mais pronunciada do emprego na indústria no segundo semestre. A regulamentação da terceirização, a emenda constitucional do teto dos gastos públicos, a nova legislação da exploração do petróleo, e agora a aprovação da reforma trabalhista, são um conjunto de medidas que devem reativar a economia do país dando mais ânimo para as contratações”, avaliou a federação em comunicado ao mercado.