Inflação de roupas volta a pressionar

Em agosto, inflação de roupas volta a pressionar

Em agosto, índice do segmento avança 0,45%, superando a queda de julho.

Em agosto, inflação de roupas volta a pressionar

Passados os resquícios de liquidação das coleções de inverno, a inflação de roupas volta a acelerar em agosto, avançando 0,45%. É a segunda maior taxa do ano e, com isso, pressiona a inflação de moda, cesta que inclui ainda calçados e acessórios, joias e bijuterias, tecidos e armarinhos. Conforme a pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que calcula a inflação oficial brasileira, os itens de moda sobem 0,54% em agosto superando a queda de julho.

No mês, tanto roupas de adultos quanto as infantis ficam mais caras, com alta de 0,41% para as masculinas, de 0,44% para as femininas e de 0,53% para as infantis.

Calçados e acessórios também pressionam o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do setor em agosto porque apresentam a maior inflação entre todos itens de moda, com alta de 0,93% em agosto.

Tecidos e armarinho ficam 0,19% mais caros no mês. Preços de joias e bijuterias recuam 0,22% em agosto sobre julho.

A inflação oficial brasileira de agosto registra aumento de 0,23%.

INFLAÇÃO ACUMULADA

Como reflexo dos resultados de agosto, a inflação de moda volta a ganhar força no acumulado do ano, incluindo roupas, cuja trajetória inflacionária dera sinais de arrefecimento. No acumulado de janeiro a agosto, a inflação de moda alcança 1,71%.

A inflação de roupas avança 0,82% no acumulado de oito meses.

Maior pressão no período foi exercida por roupas masculinas, com alta de 2,34%, conforme mostra o levantamento do GBLjeans, junto à base de dados do IBGE.

Roupas infantis acumulam aumento de 0,35% de janeiro a agosto.

Apenas roupas femininas registram deflação em oito meses, com queda de 0,23% na comparação com igual período de 2022.

Preços dos calçados e acessórios pressionam o indicador, acumulando alta de 4,22% de janeiro a agosto, permanecendo acima da inflação oficial acumulada no período, calculada pelo IBGE em 3,23%.

Joias e bijuterias acumulam alta em 2023 de 1,29%, enquanto tecidos e armarinhos sobem 0,85%.

Pela análise dos últimos 12 meses até agosto, a inflação de moda anualizada acumula alta de 7,54%. Mesmo que desacelerando fica bem acima da inflação oficial para o período, estimada em 4,61%.

A inflação de roupas ronda o mesmo patamar de moda, registrando 7,32% de alta acumulada nos últimos 12 meses até agosto.

Mas, pela primeira vez em dois anos, a inflação de 12 meses das roupas masculinas ficou abaixo dos dois dígitos. Acumula aumento de 8,55%.

No mesmo período, a inflação de roupas femininas atinge 6,71% e a de roupas infantis, 6,36%.

Também a inflação dos últimos 12 meses de calçados e acessórios ficou abaixo de dois dígitos, com alta acumulada de 9,33%.

Já joias e bijuterias, tecidos e armarinhos são itens que permanecem abaixo da inflação brasileira de 12 meses: 2,29% e 2,85%, respectivamente.

GRÁFICOS MOSTRAM MAIS DADOS

Produzidos pelo GBLjeans, os gráficos interativos permitem isolar variáveis e fazer comparações de interesse do leitor.

Os gráficos contém a inflação mensal de janeiro a agosto de 2023 de todos os itens de moda, além da inflação oficial brasileira.

Também mostram o desempenho acumulado da inflação no semestre de roupas, dos outros itens da cesta, de moda em geral e da inflação oficial.

Em roupas, o GBLjeans registra a variação dos preços em vestuário masculino, feminino e infantil.

Na abordagem por capitais, os gráficos do GBLjeans exibem o comportamento dos preços de moda e roupas em 16 cidades. Em São Paulo, a inflação de roupas recuou 0,04% no primeiro semestre. Vá até o gráfico para ver as demais capitais.

Além disso, tem o gráfico com a variação dos preços em 12 meses que é importante para mostrar a tendência da inflação para o ano.

Navegue pelos gráficos abaixo.