Os números consolidados do IBGE mostram desempenho abaixo do esperado, esfriando o otimismo para 2019
Às vésperas do Carnaval, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) jogou água fria na fervura ao anunciar o desempenho da economia em 2018. O crescimento do PIB foi de 1,1% repetindo a taxa de 2017. Os valores correntes do ano somaram R$ 6,8 trilhões. O desempenho do PIB de 2018 reflete a alta de 1,6% na demanda interna, em que todos os componentes cresceram. A expansão não foi maior porque o setor externo apresentou queda de 0,5%, explica Rebeca Pallis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
Segundo ela, assim como em 2017, a demanda interna foi ancorada pelo consumo das famílias , que cresceu 1,9% em 2018 em relação ao ano anterior. A expansão é creditada pelo IBGE ao aumento real da massa salarial, à maior oferta de crédito, queda da taxa de juros e inflação sob controle. O consumo das famílias sustentou R$ 4,3 trilhões.
Todas as atividades econômicas apresentaram desempenho positivo no ano. Desaceleram no quarto trimestre arrefecendo o otimismo para 2019, ainda que se mantenha a expectativa de crescimento do PIB em 2,5%.
A indústria cresceu 0,6%, em 2018. “É o primeiro crescimento depois de quatro anos consecutivos em queda”, destacou Rebeca Pallis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
Serviços tiveram a maior taxa de expansão, com alta de 1,3%. Nessa categoria, o comércio subiu 2,3% em 2018
Agropecuária tendeu à estabilização em 2018 com aumento de 0,1%.
O PIB per capita aumentou 0,3% sobre 2017, em termos reais, alcançando R$ 32.747 no ano