No mês, tanto confecções de roupas quanto têxtil registram inflação nos negócios de atacado, já deixando o IPP de 2019 para trás.
A pandemia de covid-19 represou os preços da indústria da moda entre maio e julho. Mas, a partir de julho, as confecções de roupas voltaram a recompor preços no atacado, avançando em agosto. O IPP (Índice de Preços ao Produtor) da atividade no mês subiu 0,64%, refletindo o lançamento das coleções de primavera/verão para o atacado. Depois dos dois meses anteriores em queda, o setor têxtil voltou a reajustar, com alta de 1,04% em agosto.
O reajuste de moda não foi tão forte, porém, quanto o verificado na indústria brasileira como um todo. Conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPP geral avançou 3,28% em agosto, ficando acima do índice de julho (3,22%), já considerado a maior variação positiva desde janeiro de 2014. Todas as 24 atividades monitoradas pela pesquisa subiram os preços em agosto.
Em vestuário, os itens que mais pressionaram para que os preços da indústria subissem em agosto foram as camisas, as camisetas e a parte de cima de roupas profissionais, de acordo com a pesquisa do IBGE.
Na indústria têxtil, os preços de fábrica foram puxados pelos tecidos de malha, tanto na composição de algodão, quanto de fibras sintéticas e artificiais.
IPP ACUMULADO NO ANO
A alta de agosto manteve assim a variação positiva no acumulado do ano, já superando 2019 inteiro. De janeiro a agosto, o IPP geral acumula aumento de 10,80% em relação a igual período do ano passado.
A indústria têxtil mostra alta acumulada no ano de 8,5% na comparação com os oito primeiros meses de 2019.
Até agosto, os preços de fábrica das confecções de roupas subiram 1,93% sobre igual período do ano passado.
Navegue pelos gráficos abaixo para analisar o comportamento dos preços da indústria.
