Em agosto, têxteis e confecções de vestuário e acessórios estão entre as atividades que mais fecharam postos de trabalho no estado.
A pesquisa realizada pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) para monitorar o nível de emprego do setor anotou um dos piores resultados dos últimos tempos, em agosto, de modo geral e, em particular, para os segmentos de produtos têxteis e de confecção de vestuário e acessórios. Como um todo, a indústria paulista cortou no mês 14,5 mil vagas, que representa variação negativa de 0,55% em relação a julho, sem que seja feito o ajuste sazonal.
As confecções lideram o ranking das demissões no estado com o corte de 3.371 vagas, depois vêm as têxteis com a demissão de 1.949 funcionários. O recuo foi geral em todas as regiões. A exceção foi o aumento de 1,48% na oferta de empregos na área de confecção na região do ABCD. A indústria têxtil reduziu em 1,81% a mão-de-obra empregada em julho sendo que, neste caso, a região do ABCD foi a que mais demitiu – queda de 2,81%. Em vestuário e acessórios o corte atingiu 1,95% e a Grande São Paulo foi a que mais enxugou, com corte de 3,08%.
A pesquisa consulta 3 mil empresas que, juntas, sustentam 1,15 milhão de empregos. De acordo com os analistas da Fiesp, “o agravamento da situação de emprego em agosto se deu pela exaustão de empresas que vinham mantendo seu quadro de funcionários acima do seu nível de demanda em meio a expectativas de melhora das condições econômicas”. A avaliação é de que os ajustes vão continuar diante da elevação verificada de estoques.