Vestuário cortou empregos acima da média, diminuiu horas pagas, mas, foi o segmento que menos reduziu valor da folha entre as indústrias brasileiras.
Em junho, as confecções de vestuário mantiveram o corte de vagas em taxa superior à média registrada pela indústria brasileira, que assinalou recuo de 6,30% em comparação com junho de 2014. Nesse período, as confecções reduziram o quadro de pessoal em 6,70%, informa a pesquisa mensal do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que mede empregos e salários, divulgada nessa quarta-feira, 19 de agosto. Assim como os demais ramos monitorados, a indústria de produtos têxteis também demitiu, com redução de 3,8%, em relação a igual mês do ano anterior.
A diminuição estendeu-se para o número de horas pagas, que caiu em todos os ramos, com exceção de produtos químicos (que registrou pequeno aumento de 0,4%), quando se compara ao cenário encontrado em junho de 2014. Na média, o valor da folha industrial em geral encolheu 6,30%, mostra o levantamento do IBGE. A indústria de vestuário cortou em 6% as horas pagas e o recuo na de produtos têxteis foi de 2,8%.
Em folha de pagamento, as confecções representam o segmento que menos reduziu o valor, com queda de 0,5%. Entre os ramos pesquisados, três apresentaram aumento na folha – indústria extrativista (18,2%), refino de petróleo (15,9%) e madeira (0,4%) -, enquanto as demais áreas de atividade contiveram o valor da folha. A média de contenção geral foi de 7,10%, em relação a junho do ano passado, diz o IBGE. A diminuição obtida pela indústria de produtos têxteis foi de 3,6%.