Representantes de entidades setoriais e de trabalhadores apresentam documento com reivindicações e radiografia do mercado
Uma comitiva do setor têxtil segue para Brasília amanhã, 18, para uma reunião no Congresso Nacional, prevista para o início da noite. Representantes do empresariado e de trabalhadores entregarão aos parlamentares documento contendo uma radiografia sobre a capacidade e oportunidades do setor.
Também será apresentada proposta de enquadrar todas as empresas do setor dentro do Supersimples, o imposto que unifica cinco tributos e que começa a valer a partir de 1º de julho para empresas com faturamento de até R$ 2,4 milhões. A ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) e o Sinditêxtil (Sindicato das Indústrias Têxteis do Estado de São Paulo) apóiam a medida como forma de atenuar o cenário de concorrência intensa enfrentado pelas empresas locais.
Aceno do governo
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou, ontem, 16, que o governo estuda desonerar a folha de pagamento de empresas de setores com mão-de-obra intensiva, como é o caso da área têxtil. A declaração foi feita durante palestra do ministro em evento da Câmara Brasileira-Americana de Comércio em Nova York, nos Estados Unidos, segundo reportagem da edição de hoje do jornal Folha de S. Paulo.
Ele destacou que a medida não é fácil de ser aplicada, porque cortar em um ponto percentual a contribuição devida à Previdência por empresas dos setores têxtil, de móveis e calçados implicaria perda de arrecadação de R$ 3,5 bilhões. De acordo com a reportagem, o ministro declarou: “Temos que estudar muito bem de onde tirar e onde colocar; não podemos simplesmente abrir mão desse imposto”.