As projeções da CNC indicam abertura de 47,9 mil vagas para as lojas de roupas e calçados, mil a menos que em 2017
Entre setembro e dezembro, o varejo brasileiro reforça a equipe com a contratação de trabalhadores temporários para suportar o aumento sazonal das vendas no período de festas. Em 2018, as projeções da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) indicam que poderão ser criadas 72,7 mil vagas temporárias no comércio como um todo, 1,4 mil a menos que no Natal de 2017. A desaceleração deverá atingir também as vendas. A previsão da entidade é o varejo movimentar R$ 34,4 bilhões no Natal, expansão de 2,3% sobre 2017, quando teve crescimento de 3,9% em relação a 2016.
Como maior empregador do varejo brasileiro, as lojas de vestuário e calçados deverão absorver 47,9 mil temporários em 2018, mil a menos que o efetivo contratado em 2017. O segundo grande empregador são os hiper e supermercados, para os quais a estimativa da CNC é de reforço com 11,5 mil trabalhadores, indicando aumento sobre os 10,4 mil contratados no ano passado. “Juntos, os dois representam 42% da força de trabalho do setor de varejo, e costumam responder, em média, por 60% das vendas natalinas”, ressalta a CNC em comunicado ao mercado.
De acordo com a pesquisa da confederação, o salário médio de admissão deverá alcançar R$ 1.230, correspondendo a 3,9% em termos nominais na comparação com o mesmo período do ano passado. A perspectiva de efetivação dos temporários deverá ser menor ainda que no ano passado. Sem previsão de retomada mais vigorosa do consumo, “a taxa de absorção dos trabalhadores temporários deverá voltar a recuar em relação ao percentual percebido após o Natal de 2017, quando 23,1% dos contratados em regime sazonal foram efetivados nos meses seguintes ao Natal”, informa a CNC.