Para CNC, de modo geral, a data de 2021 pode registrar a maior receita desde 2010.
Projeção da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) indica que a Black Friday de 2021 deverá registrar a maior movimentação financeira desde que foi incorporada ao calendário do varejo nacional, em 2010. Só para moda na Black Friday, que inclui vestuário, calçados e acessórios, a previsão é movimentar R$693,12 milhões.
Confirmado o valor, seria mais que o dobro dos R$328 milhões movimentados pela moda na Black Friday de 2020, conforme pesquisa da CNC no ano passado.
De modo geral, as vendas na data do varejo, tanto físico quanto online, têm a expectativa de alcançar R$3,93 bilhões, de acordo com a entidade. Representaria avanço de 3,8% em relação a 2020. “No entanto, descontada a inflação, o volume deve apresentar um recuo de 6,5% pela primeira vez desde 2016”, afirmou comunicado da CNC.
Segundo a análise, tomada a inflação anualizada, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) calcula índice de 10,67%, no acumulado de 12 meses encerrado em outubro.
No mesmo período, moda teve variação menor, com aumento de 7,77% e inflação anualizada de roupas registrou 7,64%.
Para a CNC, o forte avanço da inflação representa obstáculo à expansão do volume de vendas, “mesmo em um contexto de aceleração do consumo digital após a pandemia de covid-19”, ressalta.
PREVISÃO DA ABRASCE
Realizada pela Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), a Pesquisa de Expectativas Black Friday 2021 prevê alta de 19% nas vendas do setor, movimentando R$ 2,9 bilhões de 25 a 28 de novembro. “Apesar da inflação no período (10,67%), a expectativa é de expansão do volume de vendas, da ordem de 7% sobre 2020”, afirmou a entidade em comunicado ao mercado.
Levantamento também estima crescimento do ticket médio, que deve chegar a R$ 242, valor 5,2% superior aos R$ 230 do ano passado. Também acima dos R$232 de 2019.
Os shoppings esperam, ainda, que as seguintes categorias sejam destaques de vendas na Black Friday 2021: eletrônicos, eletrodomésticos e vestuário, completou o comunicado, sem informar participação dos segmentos na receita total.
