Revistas as projeções de aumento da demanda global, a cotação da fibra vem caindo e chegou a US$ 0,74 por libra-peso em julho.
As projeções para a safra de algodão de 2019/20 estão mais tímidas. Enquanto a produção mundial tende a aumentar, o otimismo em torno de uma expansão de demanda diminuiu. Além das fracas expectativas sobre a expansão econômica global, pesa sobre o mercado a disputa comercial entre Estados Unidos e China, que se agravou na última semana. E com elas vão a pique as esperanças de aumento expressivo no consumo de algodão na próxima safra. A avaliação consta do relatório mensal mais recente do Icac(International Cotton Advisory Committee).
Segundo a entidade, os preços do algodão têm sofrido com as notícias negativas. Desde a maior alta, que registrou US$ 0,995 por libra-peso em agosto do ano passada, a cotação diminuiu. No mês passado, a fibra foi negociada a US$ 0,74 por libra-peso.
No mercado brasileiro, a situação também está sensível, de acordo com o noticiário especializado. A colheita da safra 2018/19 atrasou, devido às fortes chuvas de maio nas regiões de plantio de algodão e à relativa queda de temperatura em localidades do Mato Grosso e da Bahia, dois polos de plantação. Esse descompasso atrasou também o beneficiamento da fibra. Mas, a análise é de que mesmo com a queda de disponibilidade da fibra para negociação, o preço continuou a cair.
ESTIMATIVAS DO ICAC PARA A SAFRA 2019/20
Levantamento do organismo prevê produção mundial em alta de 6% na safra 2019/20, para alcançar 27,2 milhões de toneladas. Poderá haver expansão de consumo de 1,7% sobre a temporada anterior, para 26,9 milhões de toneladas. A diferença de 300 mil toneladas vai pressionar os estoques mundiais que voltam a crescer, chegando na estação a 18,2 milhões de toneladas.
“Com 5,9 milhões de toneladas, a China deverá continuar sendo a maior produtora mundial em 2019/20, superando a projeção de 5,75 milhões de toneladas da Índia. A África Ocidental, enquanto isso, espera que sua produção atinja recorde de 1,3 milhão de toneladas”, analisa o relatório do Icac.