Vendas da Shein desaceleraram nos EUA

Vendas da Shein desaceleraram nos EUA

Gigante chinesa do comércio eletrônico de moda mantém a liderança e busca financiamento.

Vendas da Shein desaceleraram nos EUA

Até final de dezembro, as vendas da Shein desaceleraram nos EUA, experimentando baixa por cinco meses consecutivos. “A desaceleração das vendas é uma grande reversão para uma empresa que cresceu dois dígitos nos primeiros cinco meses de 2022”, aponta relatório elaborado pela Earnest Analytics, tomando como referência os pagamentos realizados via cartão de crédito e de débito. Mas a empresa mantém a liderança de mercado, estimada em 30% do mercado americano de fast fashion, conquistada no primeiro trimestre de 2022, desbancando concorrentes tradicionais, como H&M e Zara.

No últimos cinco meses, também as redes varejistas de fast fashion experimentaram queda nas vendas. Isso explica porque apesar da desacelaração a Shein continua a liderar o mercado, afirma o relatório. A varejista chinesa conquistou a geração Z com uma oferta avassaladora de produtos com preços abaixo dos praticados pelos concorrentes, usando recursos de tecnologia para rastrear interesses dos consumidores e produzir rápido e em pequenas quantidades a partir de uma extensa rede de fornecedores chineses.

Além da inflação americana, que levou consumidores a rever gastos com moda, a Shein também enfrenta questionamentos em torno das condições de trabalho que cercam o modelo flexível de produção que adotou e que podem explicar em parte por quê as vendas desaceleraram nos EUA.

CAPTAÇÃO DE RECURSOS

A Shein vende globalmente, exceto na China, e majoritariamente online. Tem aberto lojas pop up, como no ano passado no Brasil. E anunciou a primeira loja permanente em Tóquio em novembro de 2022.

Conforme dados do notíciário internacional, a varejista estava avaliada em US$15 bilhões há cerca de dois anos. Em abril de 2022, o valor subiu para US$100 bilhões. Nesta semana, o jornal econômico Financial Times deu como certa que a Shein estaria buscando uma nova rodada de captação que reduziria o valor de mercado da companhia para US$64 bilhões.

foto: novas instalações de escritório e armazém da Shein em Toronto (divulgação)