Marca de exportação preferiu reduzir o volume de peças fabricadas e manter o controle sobre os prazos de entrega que, no mercado internacional, são bastante rigorosos.
Há cerca de seis meses, a produção da BrazilRoxx deixou de ser terceirizada. A marca que foi criada para a exportação resolveu incorporar algumas etapas produtivas em fábrica localizada no Morumbi, na capital paulista, para obter mais controle sobre os prazos de entrega internacional. Por causa dessa decisão, a empresa teve que diminuir o volume de produção, mas revela que as vantagens compensam a redução.
Desde o final do ano passado, as etapas de desenvolvimento, pilotagem e costura passaram a ser feitas na fábrica da BrazilRoxx. “A terceirização passou a dificultar o cumprimento dos prazos. E, por sermos uma marca de exportação, trabalhamos com os prazos dos norte-americanos que são muito rigorosos nesse aspecto”, explica Roseli Pileggi, uma das sócias da marca.
“Cada peça da BrazilRoxx é extremamente trabalhosa. Por exemplo, temos calças que têm quase mil tachas aplicadas, em cada peça, tudo isso sendo feito manualmente”, realça ela. Agora, o acabamento das peças também é feito internamente. A empresa apenas terceiriza as etapas de beneficiamento em lavanderia, que são feitas na Alta Pressão, localizada em Taboão da Serra (SP).
Na transição de um modelo para outro o volume de produção foi reduzido. “Preferimos diminuir o volume para passar a produzir dentro de casa. Isso aumenta o nível de qualidade, além de reduzir o tempo de produção”, acrescenta Roseli. Ela ainda revela que há planos para que, ainda este ano, a empresa invista na ampliação da área fabril, estimando um aumento de 30% sobre o volume atual, que gira em torno de 4 mil peças por mês, destinadas, predominantemente, a atender pedidos dos Estados Unidos.
Roseli revela que, ainda no final do ano passado, a empresa levou a marca pela primeira vez para expor em feiras europeias, em Londres e Paris. Segundo a proprietária, atualmente, a BrasilRoxx participa de 52 feiras de negócios por ano nos Estados Unidos, levando cerca de 30 novos modelos em cada um desses eventos. Além da participação expressiva na América do Norte, Roseli realça uma pequena participação da marca no Brasil, na Austrália e na Dinamarca.
Produtos novos
Desde 2011, a BrazilRoxx passou a estender o mix de produtos incrementando a linha de tops. Com modelos cheios de detalhes, aviamentos e sobreposições, Roseli conta que os últimos lançamentos valorizam as aplicações de malhas, rendas e bordados sobre o denim. “A BrazilRoxx é uma marca para colecionador”, enfatiza Roseli. “Hoje, eu vejo que as calças com bordados estão ressuscitando no mercado”, observa.
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