Empresa apura resultados com a conclusão dos investimentos na área de fiação, ajustes na equipe, nas unidades de negócios e no mix de produtos.
A conclusão dos investimentos na área de fiação, em agosto, representou um marco para a Cedro, uma das companhias têxteis mais antigas do Brasil, tendo completado 143 anos em 2015. Com a nova tecnologia, especialmente para trabalhos envolvendo a fibra T400 super elástica, a empresa quintuplicou a capacidade de produção de novos tipos de denim. Nesse meio tempo, promoveu ajustes na equipe e separou completamente as áreas de negócios de moda e roupas profissionais.
“Fizemos uma reestruturação comercial para tornar a companhia mais ágil, fazendo fluir as informações até os clientes mais rapidamente e com viés consultivo”, explica Oto Rafael Arantes, gerente comercial da área de moda da Cedro. Entre as mudanças, a equipe de estilo e desenvolvimento assumiu novas atribuições fazendo o elo com os estilistas e com os representantes comerciais. A separação das unidades de negócios de moda e roupas profissionais aprofundou-se até a equipe de vendas, que foi completamente separada em meados do ano, para cuidar de segmentos bastante específicos.
Nesse processo, saíram Cássia Silveira, que manteve a ligação com a Cedro como consultora de desenvolvimento de produtos em denim, e Hermelindo Mascarenhas, gerente de marketing da família Colours. Segundo Arantes, o direcionamento da empresa está mais forte para o denim, com o colorido atuando como complemento de linha. A participação da sarja é prioritária para a divisão workwear.
Como a conclusão de todo o processo é bem recente, apesar de estar em curso há pelo menos dois anos, o gerente comercial da área de moda avalia que seja cedo para considerar o impacto das mudanças sobre os negócios. “Estamos no caminho certo”, diz. Aponta como resultado positivo, a virada da Cedro em direção ao segmento de denim premium. “Hoje, 70% do faturamento da divisão são sustentados por essa linha de produtos”, afirma.
Em comunicado ao mercado em agosto, a Cedro apontava para aumento da produção de denim premium de 80 mil para 400 mil metros por mês. Outro ponto que Arantes destaca é ter atingido a meta de ampliar a participação de São Paulo nas vendas da companhia em moda, iniciada com a inauguração do showroom na capital, no bairro do Brás, em agosto de 2013. O estado passou dos então 18% para 30%, atualmente, diz o executivo. “Contribuiu para isso o showroom e também o novo mix de produtos”, acrescenta.
Ressalta, ainda, que outro indício do acerto da medidas é o aumento de participação dos produtos da Cedro dentro da própria base de clientes, com entrada regular em coleções e crescimento de presença em grandes contas. Apesar de considerar que o segundo semestre esteja tão difícil quanto o primeiro, e de que os sinais de substituição de importação ainda não foram plenamente sentidos, Arantes aponta ações para acompanhar a mudança do mercado, como fazer lançamentos intermediários, entre duas grandes coleções.
Verão 17 em novembro
A divulgação do verão 2017 da Cedro começa com o lançamento em São Paulo, na primeira semana de novembro. Entre as principais novidades está a ampliação da linha Super Elastic, desenvolvida com fio T400, com a entrada em linha de seis produtos, tanto para o denim, quanto para o color, informa o gerente.
A Cedro é uma empresa nacional com quatro fábricas em Minas Gerais e que gera emprego direto para 3,2 mil funcionários.
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