Clínica Tecnológica começa hoje para instruir os empresários da região
O pólo de confecções de Londrina, no Paraná, começou a discutir nesta quinta-feira, dia 17, formas de organizar as empresas da região para serem reconhecidas como um APL (Arranjo Produtivo Local). Com isso, poderiam ter acesso a algumas facilidades em termos de crédito, logística e informações de negócios. O encontro faz parte das atividades da segunda edição da Clínica Tecnológica de Confecções, promovida pelo Senai de Londrina, por meio da Retec (Rede de Tecnologia do Paraná), pelo Sebrae e pelo Sivepar (Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Vestuário do Paraná).
A cidade localizada ao Norte do Paraná é um dos três pólos produtores de moda do estado, junto com Maringá e Cianorte, essa última já um APL. Londrina concentra 160 confecções, sendo que 60 são marcas, as demais operam como facções ou funcionam em esquema de PL (private label). A maioria é formada de micro e pequenas empresas. Do encontro devem participar 150 empresários locais.
Para falar da experiência de APL em jeans, foi convidado o presidente da Associação Comercial e Industrial de Toritama (PE), Edílson Tavares de Lima. “Toritama é referência em jeans hoje e é importante para os empresários de Londrina saber como isso aconteceu”, conta Silvana Mali Kumura que coordena o evento. O nome do evento é proposital, “é como se estivéssemos fazendo um tratamento em que as empresas vão sair medicadas e prontas para outra”, brinca.
Concorrido
O evento começou na noite desta quinta e as atividades prosseguem na sexta, dia 18. Serão realizados encontros para consultoria técnica e tecnológica, individuais ou em grupo, além de uma palestra sobre tendências para o inverno 2007 e outra chamada de Laboratório de Criatividade que tratará sobre desenvolvimento de produto. Há duas semanas, já não havia mais vagas para o evento.
Para Silvana, é importante dar acesso a informações de moda aos empresários da região. Até o final do ano, o Senai de Londrina sediará um Centro de Informação de moda, com periódicos direcionados e assinatura de sites de tendências para consulta. “O mais importante é fazer o repasse de informação técnica para a região. Mais para frente, a idéia é ter cursos livres, além dos cursos técnicos e de pós-graduação que o Senai já oferece na área de moda”, conta a executiva.
Ela conta que Londrina está no primeiro estágio para conseguir se tornar um APL. “Estamos organizando uma gestão para APL”, que depois deve buscar autonomia jurídica para conseguir os benefícios para as confecções.
