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Ecommerce de moda atribui decisão à queda das vendas e da rentabilidade da operação.
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A Dafiti, plataforma de comércio eletrônico de moda de propriedade do GFG (Global Fashion Group), anuncia que sai do Chile depois de 14 anos de operação. Encerrou o acesso na segunda quinzena de fevereiro. À imprensa chilena, a empresa atribuiu a decisão à queda nas vendas, que resultaram em redução da rentabilidade do negócio, especialmente no período pós-pandemia de covid-19. Assim, a Dafiti concentrará a atuação no Brasil, seu principal mercado, e na Colômbia.
Conforme a consultoria Kinsight HUB informou ao jornal chileno Elmol, a participação da Dafiti no Chile teria recuado para 2%, pressionada sobretudo pela concorrência com o Mercado Livre e com a rede lojas de departamento chilena Falabella (cujo grupo proprietário comprou no Brasil a rede lojas de materiais para construção DiCico).
O ecommerce Dafiti chegou ao Chile em 2011, logo depois de seu lançamento no Brasil. Além de Chile e Colômbia, chegou a ter operação também na Argentina, mercado de onde a Dafiti sai em 2023.
RESULTADOS
De acordo com o último balanço financeiro do GFG, referente ao terceiro trimestre de 2024, a companhia registrou €264 milhões em NMV (net merchandise value), queda de 3,8% sobre 2023. Além da Dafiti, o grupo controla os ecommerce Zalora, atendendo mercados do sudeste asiático, e The Iconic, que opera na Austrália e na Nova Zelândia.
Só a Dafiti concentrou a metade dos 8 milhões de compradores ativos do GFG no trimestre.
Em receita líquida, o grupo totalizou €173 milhões, baixa de 3% em relação ao terceiro trimestre de 2023.
Outra mudança anunciada no início de fevereiro pelo grupo envolve o conselho de administração da empresa, que passa a atuar com Christoph Barchewitz, CEO da companhia, e Helen Hickman, CFO da empresa desde 2023. Deixa o conselho Gunjan Soni, que atuava como COO, cargo que deixa de existir e cujas funções serão incorporadas pelo CEO.