A partir de janeiro, linha de corte caiu para 1 MW e está aberta a qualquer tipo de fonte.
Formado por grandes consumidores que escolhem de qual companhia comprarão energia elétrica, o mercado livre está com regras mais flexíveis de acesso. Desde janeiro, a linha de corte desceu para consumidores com carga a partir de 1 MW, que podem agora comprar a geração de qualquer fonte energética. Para empresas que se enquadram nesse perfil, é hora de avaliar o mercado livre de energia.
Conforme lembra o Grupo Safira em comunicado à imprensa, empresas com demanda de 0,5 MW a 2,5 MW já podiam migrar para o Ambiente de Contratação Livre (ACL), mas desde que utilizando gerações alternativas e de fontes renováveis, como solar, eólica, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas.
A flexibilização da regra abriria caminho para “aproximadamente 1,9 mil consumidores com carga igual ou superior a 1 MW que se tornaram livres e aptos a contratar qualquer tipo de fonte energética no Mercado Livre de energia”, acrescenta o comunicado do Safira, grupo que iniciou atividades na área de Energia em 2008, por meio da Safira Energia, uma das principais empresas de comercialização e consultoria em análises, estratégias e soluções para o setor energético brasileiro. Recentemente, lançou a Safira Solar.
Desde o ano passado, a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) lançou uma calculadora online para simular o impacto do PLD Horário por ramo de atividade, incluindo o têxtil.
PLD é a sigla para preço de liquidação de diferenças e serve de referência para os preços praticados no mercado livre de energia.
CONSUMO SUBIU 4,1% EM 2021
De acordo com dados da CCEE, o consumo de energia elétrica no Brasil cresceu 4,1% para 64.736 MW médios, na comparação com 2020.
O mercado livre responde por 34,5% da demanda por eletricidade no país. Consumiu 22.244 MW médios em 2021, aumento de 13,6%. Boa parte dessa alta se explica pela entrada de novos participantes nesse segmento nos últimos 12 meses, aponta a CCEE.
A indústria automotiva representou o segmento com o maior aumento no consumo de energia no ano passado no mercado livre, seguida pela têxtil, informa o balanço anual.
No indicador geração, a CCEE destaca o crescimento de energia renovável no Brasil em 2021.
:: Parques eólicos produziram 8.242 MW médios.
:: Usinas solares fotovoltaicas geraram 878 MW médios.
:: Usinas hidrelétricas, principal fonte de energia do país, entregaram 42.462 MW médios.
:: Usinas térmicas geraram 16.245 MW médios.