Empresa de private label participa pela primeira vez da Première Vision, marcada para maio em São Paulo (SP), com vistas à exportação.
Com 28 anos de mercado, o fabricante de peças em private label (PL) Linea Laura, com foco em coleções diferenciadas e modelos premium, participa pela primeira vez da Première Vision São Paulo, marcada para os dias 12 e 13 de maio, no espaço reservado para o segmento denominado Manufacturing, que estréia na feira realizada no Expo Center Norte, na capital paulista. “Nosso objetivo é apresentar no evento parte do nosso acervo de 800 peças especiais, com vistas à exportação”, afirma a diretora de projetos, Marília Piccinini da Carvalhinha.
De acordo com a executiva, com a moeda favorável, o produto fica competitivo no mercado internacional. Outro foco da Linea Laura é ampliar espaço dos seus produtos premium para as marcas já clientes que devem diminuir as importações. A empresa trabalha com tecidos de seda, poliviscose e sarja, e está antecipando o inverno 2016. É especializada em cortes diferenciados, peças de alto valor agregado em alfaiataria, modelagens e texturas especiais, com 20 clientes ativos entre 70 eventuais. A partir do desenho enviado pelos clientes, a empresa se responsabiliza pelo desenvolvimento, modelagem e acabamento das peças. “Investimos bastante em mão de obra de criação, estilo e desenvolvimento e trabalhamos para traduzir a inovação”, afirma Marília. A empresa pesquisa tendências e, a partir do perfil de compras do cliente, faz uma proposta de 30 a 40 modelos. “É um trabalho de curadoria, mais do que desenvolvimento da coleção”, afirma a executiva.
A fábrica no bairro da Mooca, na capital paulista, produz de 2 mil a 3 mil peças por mês, conforme as encomendas, e tem capacidade instalada para 4 mil a 6 mil peças mensais. “O foco não é escala mas a oferta de diferenciação”. A executiva está confiante nas vendas deste ano, pois para ela, o esfriamento da economia já passou. “O mercado de private label tem crescido nos últimos anos com a valorização da produção local. Grandes marcas têm importado parte de sua linha e ao mesmo tempo ampliado as compras da indústria local com foco na qualidade”, ressalta Marília.
Segundo a executiva, a valorização do real traz um primeiro impacto negativo para a indústria devido à necessidade de importação de tecidos, mas em um segundo momento permite preço mais competitivo ante o mercado internacional. “Muitas indústrias quebraram nos últimos dez anos, mas quem sobreviveu está vivendo uma valorização do mercado local e do fortalecimento de marcas, principalmente as premium, com diversas consolidações no setor”, completa.