Investimento em renovação industrial da lavanderia do Ceará inclui uso de dois robôs, centrífuga com guindaste, entre outros equipamentos, e ampliação de área.
Até meados do ano que vem, a MaqLav terá concluído a mudança radical que vem promovendo em sua área de produção desde abril. “Minha meta é transformar a MaqLav para ter a melhor estrutura de lavanderia do Brasil, embora pequena no formato”, afirma Lula Moraes, dono da lavanderia localizada em Fortaleza no Ceará. A pequena revolução começou quando ele decidiu comprar as máquinas da Ibatex, a lavanderia portuguesa construída na cidade e que faliu há seis anos.
Só para marcação a laser serão oito máquinas: seis de 250 watts (todas flex, com opção de usar cabine robotizada ou mesa), uma de 100w e outra de 150w que a MaqLav já tinha – todas da espanhola GFK (atual Jeanologia). Nessa configuração concentrada em só lugar é, por enquanto, a única no Brasil, formando um dos maiores parques de equipamentos a laser do país. “Dessa forma, posso ter um grande diferencial para oferecer valor agregado interessante para o meu cliente”, diz Lula. A intenção é trabalhar preço menor por aplicação. “Hoje, o laser é muito caro para o cliente”, reconhece ele.
O lote assumido inclui dois robôs. Um com 12 manequins para fazer used e o outro com seis manequins para lixados. Segundo Lula, apesar da idade, as máquinas da Ibatex continuam a ter tecnologia moderna e, por isso, vão substituir equipamentos em uso. Ele vai instalar 15 lavadoras no total. Uma delas tem capacidade para 400 quilogramas, com cesto quadripartido de aço inox, de abertura frontal e com basculante, que também é apropriada para tingimento, descreve o diretor.
Seis têm capacidade para 300 kg cada uma, todas com abertura frontal, basculante (a roupa é retirada de dentro da máquina de maneira automática, por movimento de inclinação). O novo parque de lavadoras vai conter ainda seis lavadoras, adequadas para fazer tingimento: duas de 190 kg cada; duas de 120 kg; duas de 55 kg cada uma; e mais duas basculantes de cem quilos para pequenas produções.
Substituição
Na área de centrifugação, Lula vai instalar modelo para 200 quilos de roupas, que vem com dois cestos, repostos por guindaste acoplado a guincho elétrico que suspende o cesto e com um movimento de manivela abre e deixa cair a roupa diretamente no carrinho, explica. Também está trocando todas as secadoras atuais pelas da Ibatex. Serão 12 no total, com capacidade para secar cem quilos de roupas cada uma. “São equipamentos feitos sob encomenda e com recurso de eletropolimento para evitar repuxar a roupa, o que é bom especialmente quando se trabalha com malha”, observa o diretor.
A produção contará com duas máquinas de 240 kg cada uma para acabamento em jeans; e uma polimerizadeira, da portuguesa São Roque, que permite trabalhar a peça deitada (e não pendurada), de modo que os efeitos em 3D ficam melhor estruturados, comenta Lula. Do lote da Ibatex, também vai instalar três equipamentos pneumáticos para fazer marmorizado, além de vários manequins de passadoria e prensas de passar. Para deslocamento das peças dentro da área de trabalho da lavanderia, a MaqLav passou a usar 120 carrinhos que eram da Ibatex. “Não tenho mais palete nem roupa no chão”, observa o diretor. A lavanderia já tinha dois geradores de ozônio, máquina para bigode 3D e jato de areia.
“Escolhi os equipamentos que eu queria”, explica Lula. Outras máquinas, assim como aquelas que estão sendo substituídas, serão vendidas, avisa. Para acomodar a nova estrutura, a MaqLav vai construir em 2014 um terceiro galpão, com 1,2 mil metros, dentro do terreno onde já fica a lavanderia. “A substituição tem sido devagar, conforme o movimento de trabalho permite. Não dá para trocar três lavadoras ao mesmo tempo”, diz ele, acrescentando que 2013 foi um ano bem regular, com bastante trabalho desde janeiro.
Segundo Lula, o volume atual de produção gira em torno de 200 mil peças por mês, porque são peças que demandam muitos processos. Ele afirma que mesmo com a renovação tecnológica não pretende expandir esse volume. “Pretendo ter, no máximo 20 clientes, fazendo trabalhos diferenciados. Quero otimizar os custos com a utilização de robôs e laser”, garante, acrescentando em seguida: “Busco uma coisa: sustentabilidade de negócio, mantendo minha empresa honrando seus compromissos, com os clientes internos e externos“. Hoje, a MaqLav tem 150 funcionários em três turnos.
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