Com a conclusão da venda da empresa brasileira para o GSL, novo dono planeja modernizar as duas plantas locais
Anunciada em setembro, a venda da Santista para o grupo mexicano Siete Léguas foi concretizada. Com a conclusão do negócio, o novo dono informa que deverá investir na modernização das duas fábricas brasileiras amparado pela expectativa de crescimento do país em 2019. Os mexicanos que já eram parceiros de longa data do fabricante nacional compraram a empresa inteira, que pertencia à holding Mover Participações (ex-Camargo Correa).
“A Santista ganhou o direito de sonhar novamente”, declarou o presidente da companhia em comunicado oficial ao mercado, Gilberto Stocche, que foi confirmado no cargo que já ocupava. A empresa será um dos expositores da Colombiatex, feira realizada em Medellín, na próxima semana, no primeiro evento oficial sob controle dos mexicanos.
Pelo acordo, o GSL adquiriu 100% das ações da Santista, envolvendo as operações de fabricação de denim, brins, tanto para moda como para roupas profissionais, no Brasil e na Argentina. Em setembro, a Mover informou que a empresa tinha 3 mil funcionários. O valor da transação não foi revelado.
No Brasil, as fábricas da Santista ficam no interior de São Paulo: a principal em Americana, que é integrada, com operações de fiação, tingimento e tecelagem de denim e sarja; e a de acabamentos em Tatuí. Na Argentina, onde continuou a operar também com a marca Tavex, a Santista mantém uma planta, na qual produz denim e sarja, localizada em Tucumán.
A compra da Santista faz parte do plano da companhia mexicana para se consolidar como o maior grupo têxtil das Américas. Atualmente, o GSL opera 15 plantas industriais, entre fábricas de fiação e tecelagem, confecção de jeans, lavanderia e bordado. De acordo com a empresa, a Ropa Siete Leguas tem capacidade para produzir 200 mil peças de roupas jeans por semana.