Segundo a Abravest, mercado tem crescido no Brasil, representa 5% do faturamento total do setor de vestuário e por suas características, está menos afeito à concorrência dos importados.
O foco em públicos determinados tem rendido bons negócios para as marcas de roupas, como é o caso do segmento plus size. Segundo dados da Abravest (Associação Brasileira do Vestuário), esse mercado movimenta anualmente cerca de R$ 4,5 bilhões no país, representando 5% do faturamento total do setor de vestuário que ultrapassa R$ 90 bilhões.
Essa expansão foi impulsionada pelo crescente número de pessoas com sobrepeso no Brasil. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) apontam que praticamente metade dos adultos está acima do peso (51% dos homens e 48% das mulheres). Grandes lojas de departamento já se interessaram por esse nicho, como é o caso do Carrefour e da C&A, rede varejista que lançou no fim do ano passado sua linha plus size, estrelada pela cantora Preta Gil, além de eventos específicos como o Fashion Weekend Plus Size.
A categoria diz respeito a modelos acima do padrão vendido nas lojas – manequim acima do 44, para pessoas que encontram dificuldades em encontrar roupas nos tamanhos comuns, que variam de 36 a 44. Pesquisas comprovam a existência de um público consumidor em potencial e onde a concorrência não é muito intensa. A escassez de peças para essa categoria deve-se às dificuldades na adequação de modelagem por tratar-se de corpos que apresentam volumes diferenciados. Mas por exigirem modelagens especiais e ao gosto do brasileiro, a importação de produtos ainda não concorre com as marcas nacionais.
O percentual da população brasileira acima do peso está crescendo: em 2012 chegou a 51%, enquanto em 2006 girava em torno de 43%, segundo dados do IBGE. Entre as capitais brasileiras, Natal destaca-se por ter alto percentual de pessoas acima do peso em sua população. Trata-se de 21,2% do total dos seus habitantes, conforme as pesquisas divulgadas recentemente pelo Ministério da Saúde. Ainda segundo o IBGE, o Brasil deve manter uma população grande de gordinhos. Em 2020, esse número deverá chegar a 30% de toda a população, o que significa mais de 55 milhões de pessoas.
Em Nova York, as modelos plus size ganharam uma agência exclusiva, dado o volume de clientes que querem divulgar produtos focados nesse perfil de público que vem chamando a atenção das empresas. No Brasil, esse mercado ainda é considerado pequeno e surge como oportunidade de negócios, inclusive, para aqueles que desejam atuar em áreas focadas na prestação de serviços, informa o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa).