Entidades vão propor plano de regulamentação do setor, prevendo inclusive a emissão de certificado de qualidade
A ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) e a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) assinaram durante o Fashion Rio a parceria que marca a implementação do Plano de Desenvolvimento Setorial (PDS) para a indústria de roupas profissionais.
O projeto visa implantar medidas que fortaleçam o setor em um cenário delicado ameaçado pela invasão chinesa. A implementação do PDS tem prazo de um ano e começa com investimento de R$ 370 mil, num total de R$ 1 milhão, para Auto-Regulamentação, Normalização e Certificação de Roupas Profissionais.
O convênio prevê que a ABDI entrará com recursos da ordem de R$ 150 mil, a iniciativa privada com outros R$ 150 mil e os R$ 70 mil restantes virão da ABIT. Os valores serão investidos para pagar os serviços de empresas especializadas em emitir certificados. A escolha das companhias será feita por licitação.
O objetivo dessa primeira medida é revisar, atualizar e adequar normas técnicas, estimular a sua aplicação sobre qualidade do produto, processo de fabricação, responsabilidade social e ambiental para o segmento de roupas profissionais no país. A empresa que cumprir todos os requisitos receberá um certificado de qualidade e conformidade.
A emissão do certificado é gratuita. Contudo, o custo que cada confecção terá para obter a certificação vai variar conforme a estrutura pré-existente. Algumas empresas terão que investir muito em tecnologia e aperfeiçoamento de pessoal. Outras não terão custos, pois, já são estruturadas.
A adesão ao programa é voluntária. A ABIT já foi contatada por cem empresas interessadas na avaliação. A intenção é conseguir que esse número de confecções receba o selo de qualidade. A certificação abrange todas as empresas do setor, filiadas ou não a ABIT.
As visitas das empresas certificadoras serão feitas nos estados que concentram maior número de empresas do segmento (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia, Goiás, Santa Catarina, Ceará, Pernambuco, Espírito Santo, Mato Grosso, Distrito Federal, Pará e Maranhão). A prioridade são as empresas de pequeno e médio porte que dominam o ramo de confecção de roupas profissionais no país.