Essa é a expectativa da empresa com o programa de investimentos industriais de R$ 100 milhões, iniciado em junho de 2009
Com a modernização da fábrica de Natal (RN), que recebeu mais uma máquina de índigo, a produção de denim da Vicunha deverá aumentar 12 milhões de metros por ano a partir de 2011. A operação é parte de um programa de R$ 100 milhões em investimentos industriais em fiação, tecelagem e acabamento, iniciado pela empresa em junho de 2009 e que deverá estar concluído em dois anos.
De acordo com Marcel Imaizumi, diretor superintendente da Vicunha, também as fábricas do Ceará passarão por um projeto de renovação, com substituição de maquinário, voltado a melhoria de qualidade, redução de custo e expansão de capacidade produtiva. Em outra frente de investimento, a empresa prevê a construção de uma fábrica de denim em Cuiabá, no Mato Grosso.
O início das obras depende da liberação do terreno terraplanado e da implantação da infra-estrutura de saneamento básico e energia elétrica para a área, explica Imaizumi. Com os recursos disponíveis, ele calcula que a fábrica estaria pronta em um ano. O investimento em construção, compra de maquinário, contratação e treinamento de mão de obra e capital de giro está avaliado em R$ 350 milhões, a serem desembolsados no período de três anos.
Será uma planta verticalizada com fiação, tecelagem, tinturaria e acabamento. Inicialmente, serão batidos 1 milhão de metros de denim por mês. A expansão será gradativa até atingir a capacidade de 6 milhões de metros por mês ou 72 milhões de metros por ano. “Com a entrada em operação dessa fábrica, seremos a maior empresa de denim do mundo”, salienta o diretor. O protocolo de intenção assinado entre a empresa e os governo do estado do Mato do Grosso e a prefeitura de Cuiabá prevê a concessão de incentivos fiscais com redução de impostos, como ICMS durante 15 anos.
Resultados de 2009
Em março, a Vicunha Têxtil divulgou os resultados do balanço de 2009, que refletiu o reposicionamento estratégico da empresa de concentrar os negócios nas áreas de denim e brins coloridos. A decisão envolveu a saída da empresa da área de malha, cujos ativos foram em parte vendidos para a Franco Matos Tintêxtil, que assumiu a marca Elizabeth. Também a produção de fibras de viscose foi separada, ficando a cargo da Fibracel, uma subsidiária integral da Vicunha Têxtil.
A companhia encerrou o ano passado com receita bruta de R$ 1,38 bilhão. O balanço indica prejuízo líquido de R$ 28 milhões, redução considerada expressiva frente a perdas calculadas em R$ 194,7 milhões de 2008.
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