Empresa de Blumenau (SC) que atende principalmente projetos piloto e amostras para confecções em estamparia digital, tem entre seus clientes a Dudalina e a Karsten.
Tendo como foco a prestação de serviços de estamparia digital principalmente para a área de decoração, a Real Estúdio especializou-se no atendimento sob demanda para grandes confecções. Para ganhar esse mercado, há seis anos a empresa catarinense mudou de perfil migrando gradativamente da produção de bordados para a estamparia digital com a desativação de 20 máquinas. “Na época, como um dos primeiros a apostar no segmento, fomos até chamados de loucos”, afirma o proprietário, João Marcos Dalla Rosa. Em 2008, a então chamada Real Bordados, com 22 anos de mercado, adquiriu uma máquina de estamparia digital da Dupont transformando-se na Real Estúdio.
Com 60 clientes ativos, sendo 20 confecções, 90% do faturamento vem da área de decoração. “Fazemos projetos especiais em estamparia digital com mistura de tecidos e principalmente amostras que posteriormente serão processadas em outras indústrias”, explica Dalla Rosa. Entre seus clientes estão a Dudalina e a Karsten.
Segundo o proprietário, a estamparia digital deu mais agilidade à empresa no atendimento à indústria de moda e decoração. Não há necessidade de quadros ou cilindros usados nos processos tradicionais eliminando o custo de gravação, diminuindo também o tempo de desenvolvimento até a obtenção da amostra. Outra vantagem do processo, de acordo com Dalla Rosa, é que o trabalho demanda pouca mão de obra, aliviando os custos. Dos 120 funcionários exigidos para uma fábrica bordadeira, sobraram oito que operam a digital. “Atualmente, a legislação trabalhista desestimula a contratação de recursos humanos”, diz Dalla Rosa.
A fábrica está localizada em Blumenau em uma área de 5 mil metros quadrados, sendo 1 mil metros quadrados de área construída. “Temos muito espaço que sobrou das antigas máquinas de bordado que foram desativadas”, conta o proprietário. Hoje a empresa estampa 100 mil metros de tecido por ano. Em 2013, a empresa cresceu 15% mas para este ano não planeja aumentar a produção nem prevê mais faturamento porque o mercado está retraído, opina Dalla Rosa.