Meta da empresa é faturar R$ 1 bilhão, em quatro anos, amparada pela virada em direção aos tecidos de maior valor e na estratégia de prestação de serviços.
No início da semana passada, a Cedro anunciou que tem meta de romper a marca de R$ 1 bilhão, em 2017, praticamente dobrando o faturamento atual. Para isso, terá que repetir nos próximos quatro anos desempenho semelhante ao demonstrado em 2013, quando o faturamento cresceu quase 16% em relação ao ano anterior. Pelo balanço publicado, a receita líquida da companhia atingiu R$ 584,44 milhões, 15,87% de aumento sobre 2012.
Embora tenha anotado lucro líquido de R$ 16,09 milhões no exercício, o valor foi praticamente o mesmo do registrado em 2012, com pequena queda de 1,9% sobre os ganhos líquidos de 16,41 milhões apurados naquele ano. “Entretanto, deve ser levado em conta que, inversamente ao ocorrido em 2012, ano em que fatores não recorrentes impulsionaram o lucro operacional da empresa, em 2013 os fatores não recorrentes impactaram negativamente o lucro líquido. O principal fator, neste caso, foi uma mudança da legislação estadual do ICMS, que abateu R$ 14,2 milhões do lucro em 2013. Se os efeitos extraordinários fossem desconsiderados, o resultado teria sido muito diferente: o lucro de 2012 teria encolhido para R$ 7,2 milhões enquanto o de 2013 teria aumentado para R$ 27,7 milhões”, anfatizou o relatório da administração.
Segundo o novo presidente da companhia, Marco Antônio Branquinho Junior, disse ao portal GBLjeans em janeiro, o empenho será de manter o crescimento da empresa na casa de dois dígitos. Na ocasião, ele destacou a estratégia da empresa de modificar o mix de produtos investindo nos artigos de valor mais alto e as medidas de racionalização da produção. Outra providência tem sido reforçar as ações de serviços, como organizar palestras de tendências de moda já realizadas na época de lançamentos. Depois de encerrar o circuito de apresentações pelo Brasil, a Cedro retorna a São Paulo em abril, para uma apresentação em seu showroom, no Brás, durante a qual trata da aplicação de efeitos vintage sobre tecidos de linha, realizada por André Duarte, consultor de lavanderia.
Cores e estampas puxam as vendas
Em comunicado ao mercado, a Cedro informa que “a forte demanda do mercado por tecidos coloridos e estampados, foi a responsável pela elevação em 48% do faturamento da linha Colours”. As outras duas áreas de atuação também tiveram crescimento: de 7%, no denim, e de 23% na linha profissional. Dessa forma, o volume de produção foi impulsionado, fechando o ano com 92,5 milhões de metros lineares de tecido, que representa 15,7% a mais que em 2012, informa a Cedro.
Os investimentos da empresa voltaram ao patamar de exercícios anteriores, seqüência interrompida em 2012. No ano passado, a Cedro investiu R$ 39 milhões, aplicados em fiação, novas tecnologias de acabamento, reestruturação do industrial, acentuando a especialização das fábricas por processos, com reflexos no aumento de produtividade e qualidade. Com quatro fábricas, todas localizadas em Minas Gerais, a Cedro cita como exemplo a medida pela qual concentrou a produção de fios open end na fábrica Cedronorte, em Pirapora, ao mesmo tempo em que “centralizou e expandiu, de forma expressiva, a fabricação de fio anel (para tecidos de maior valor agregado) na fábrica Santo Antonio, na mesma cidade”.
Sobre as perspectivas para este ano, a empresa avalia que “2014 será de muito trabalho, mas confiamos no planejamento em curso e nas medidas adotadas pela empresa”, afirmou em comunicado ao mercado, o diretor administrativo-financeiro, Fábio Mascarenhas Alves.