Depois de oito anos exportando quase toda a produção, a marca mineira de moda feminina decidiu que, em 2010, vai direcionar 25% do volume fabricado para o mercado nacional
A partir de 2010, a Vento Livre altera a estratégia de mercado. Tendo 96% de sua produção direcionada para exportação desde 2001, a marca mineira de jeans feminino decidiu ampliar a fatia de vendas destinada ao mercado brasileiro. Gradativamente, vai aumentar de 4% para 25% a parcela equivalente a vendas internas.
“Vamos voltar aos poucos e observar os resultados para decidir se esse número ainda vai crescer nos próximos anos”, afirma Gilberto Guimarães, proprietário da Vento Livre. Inaugurada em 1988 produzindo peças elastizadas em malha e denim, a empresa avaliou em 1999 que a exportação representava uma boa oportunidade devido à queda das vendas no mercado nacional e à desvalorização do real frente ao dólar, cenário motivado por uma das piores crises financeiras enfrentadas pelo Brasil, logo no início do segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso.
O projeto de exportação foi levado adiante a partir de 2001, conta Guimarães. Hoje, do total exportado pela empresa, 80% seguem para os Estados Unidos para atender a comunidade latina. As coleções são vendidas por quatro representantes comerciais para cerca de 200 multimarcas locais. Para facilitar a logística de entrega, a empresa mantém um armazém em Linden, próxima a New Jersey, que funciona como um centro de distribuição.
Os outros 20% da produção estão diluídos: 16% são embarcados para multimarcas de países da Europa e da América Central; e os 4% restantes ficam no Brasil, comercializados nas três lojas próprias de varejo da marca – duas localizadas nas cidades mineiras de Belo Horizonte e Juiz de Fora, a terceira, na capital paulista.
Localizada em Juiz de Fora (MG), a fábrica da Vento Livre tem produção média mensal de 18 mil peças, das quais 100% são feitas em denim com elastano na composição. “Não pensamos em aumentar a produção por enquanto; estamos nos concentrando mais na qualidade da confecção das peças”, ressalta Guimarães. Tendo o público latino residente no exterior como consumidor principal, a marca destaca dentro da coleção para o inverno 2010 calças skinny de cintura média, vestidos, jaquetas e sobretudos em denim.
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