A primeira marca lançada em 1982 mantém o estilo popular para ser vendida no modelo tradicional, enquanto a Adágio chega ao mercado via representantes comerciais
Durante 24 anos, a Zagnetron cresceu como outras tantas marcas criadas no início da década de 80, quando começava o pólo de jeans em Toritama. Até hoje, a marca se mantém à concepção original de atender o mercado local, seja na feira semanal ou na loja que funciona na frente da confecção à margem da BR 104.
Mas em 2006, Edson Tavares identificou os sinais das mudanças e lançou a Adágio com outro conceito. A produção da segunda marca é escoada por escritórios de vendas instalados em 14 estados (Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Sergipe, Tocantins, Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo). Não há venda em loja de pronta-entrega.
Os 700 lojistas que compram regularmente produtos da Adágio também têm a opção de comprar pela internet. Desde que tenha crédito aprovado, o comprador consulta a loja da web, que informa o nível do estoque em tempo real por modelo. A entrega é garantida em até dez dias.
“Com a Zagnetron não escolho para quem vendo. Não sei quem compra”, resume Edson Tavares que, aos 15 anos, ajudou a mãe a criar a empresa que 30 anos depois controla duas marcas e a lavanderia Mamute. Costureira, Maria dos Anjos começou prestando serviço para uma confecção de jeans da cidade, até que decidiu abrir o próprio negócio em torno do qual a família se manteve reunida.
Embora de origem familiar, Tavares faz questão de destacar que a gestão da empresa não tem nada de amadora. Eles começaram fazendo 160 peças por mês. Hoje, são 30 mil peças entre as duas marcas, compara o diretor, que se formou em História e Administração de Empresas.
A Zagnetron lança uma coleção por semana, alcançando 75 novos modelos a cada mês. Com produtos mais elaborados em relação aos produtos da outra marca, a Adágio mantém a média de uma coleção a cada 60 dias.
Embora tenha confecção própria, ao todo a empresa a empresa emprega 190 funcionários, 40% da produção são tercerizados. Tavares explica que não consegue aumentar o nível de produção simplesmente porque falta mão-de-obra.
foto: GBLjeans