Glicínia Setenareski cria denim que combina algodão, fios de PET recicladas e seda
Designer de Maringá, no Paraná, desenvolveu o jeans de seda, composto de 50% de seda, 25% de fios obtidos a partir de garrafas PET recicladas e 25% de algodão. A ideia de criar o denim de seda começou em 2004, com intuito de criar um tecido que não precisasse de lavanderia e tivesse caimento leve no corpo. Mas, o primeiro trabalho de fato realizado com o tecido foi apresentado durante a Casa Cor Paraná, feira de decoração, que aconteceu de junho a julho deste ano. Com essa participação no evento que o trabalho da designer e diretora do Casulo Feliz, Glicínia Setenareski, foi lançado e ficou conhecido na região. No evento, ela apresentou uma cortina em jeans de seda. Hoje, diversos estilistas nacionais e internacionais procuram a fabricante para usar o tecido dela em roupas, diz a designer.
“Desde o começo nosso pensamento era trabalhar com o jeans de seda na parte de moda, como vestuário, para ser usado no dia-a-dia. A seda é um material de caimento leve, o contato com a pele fica mais suave”, conta. Segundo ela, o tecido é todo fabricado na empresa O Casulo Feliz, conhecida pela grande produção de seda, em Maringá, cidade do Paraná, e por causar menor impacto ambiental, já que não utiliza dos processos de tingimento e amaciamento. O denim de seda tem peso de 8 oz, e sua cor é o tom de azul prateado, mais iluminado que o índigo tradicional.
O Casulo Feliz desenvolve a produção de seda em Maringá desde 1988, trabalhando na produção de seda e tecendo fibras de algodão, juta, sisal e rami. Comercializa seus produtos através de 23 representantes concentrados nas regiões sul e sudeste do Brasil e um em Buenos Aires, na Argentina.
fotos: divulgação