Os primeiros dados do estudo encomendado à COPPEAD, a escola de negócios da UFRJ, foram anunciados junto com a apresentação da nova coleção no SPFW
No final do ano passado, a Osklen encomendou à COPPEAD, a escola de negócios da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), um estudo sobre o impacto socio-ambiental de sua cadeia produtiva. Os primeiros dados foram divulgados aproveitando o desfile da nova coleção da marca no SPFW. O relatório final desse trabalho está previsto para ser concluído em setembro. Segundo a empresa, em 20 anos, desde 1998, quando lançou a primeira camiseta feita com malha de cânhamo, até agora, foram produzidas 850 mil peças com o que chama de e-fabrics.
O balanço inicial do estudo aponta que 48% dos acessórios em couro da Osklen são produzidos com a pele do peixe pirarucu, medida que beneficia diretamente mil famílias ribeirinhas e que aproveita resíduo que seria descartado. Em comunicado ao mercado, a empresa explica que as peles do peixe nativo da bacia amazônica “são provenientes de fornecedor credenciado e autorizado pelo Ibama”, com certificado Cites, que regulariza o comércio mundial de espécies em risco de extinção. Os peixes pertencem a pequenos criadouros localizados em Rondônia, sendo pescados apenas quando atingem a idade adulta e não estão em período de reprodução. As peles são processadas em curtume localizado na área rural do Rio de Janeiro. Para o tingimento, não são empregados corantes que contenham na composição metais tóxicos, como o cromo; e a água do processo é reaproveitada; e os resíduos transformados em adubo para a horta dos funcionários do curtume.
Outro dado indica que 3,5 mil peças da Osklen foram confeccionadas em 2017 com tecidos que usam matéria-prima reciclada, com volume de 713 quilos de algodão reutilizados no ano passado, que representa economia de água (3,9 mil litros poupados na produção de uma camiseta, segundo a COPPEAD). Também houve aumento no uso de moletom PET, que combina algodão certificado e poliéster produzido a partir de garrafas plásticas descartadas.
Na parte de calçados, o balanço inicial relata uso de solado eco, feito com borracha reciclada (aparas combinadas a resíduos de cortiça e casca de arroz); cabedal de tênis feito com lona e forro de sarja que usa algodão reciclado na composição.
NOVA COLEÇÃO
A coleção Asap (As Sustainable as Possible) trabalhou com matérias-primas como malha PET, náilon glass, crepe de seda e neoprene. Também recorreu a sarja com mistura de algodão reciclado, tricô de seda orgânica, couro de pirarucu e salmão, voil de seda orgânica, entre outros materiais. A cartela de cores incluiu verde miliar, areia, telha, tabaco, preto, vermelho, amarelo látex, rosa, cinza mescla, amarelo látex, cru e verde.
GALERIA DE FOTOS
- Foto 1
- Foto 2
- Foto 3
- Foto 4
- Foto 5
- Foto 6
- Foto 7
- Foto 8
- Foto 9
- Foto 10
- Foto 11
- Foto 12
- Foto 13
- Foto 14
- Foto 15
- Foto 16