Desde março, fornecedores da varejista de moda fazem ajustes para permitir o envio automático dos dados entre os dois ambientes.

Em mais uma etapa de automatização de processos, a C&A Brasil fez acordo com a Etiqueta Certa, plataforma de geração online de etiquetas obrigatórias, pelo qual integra os dois ambientes. Assim, desde março, fornecedores da varejista de moda fazem ajustes para permitir o envio automático dos dados dos sistemas C&A para a Etiqueta Certa.
“A utilização do sistema pela cadeia de fornecedores reduz para as confecções as reprovações e devoluções de pedidos devido a etiquetas erradas, resultando em uma economia significativa de recursos e previsibilidade financeira na entrega. Para a marca, a utilização do sistema pelos fornecedores reduz o risco de multas e recolhimento de peças das lojas pela fiscalização, além de melhorar a eficiência operacional do setor de qualidade”, declara Karine Liotino, CEO da Etiqueta Certa, em comunicado à imprensa.
O sistema da Etiqueta Certa cria automaticamente etiquetas obrigatórias para 15 categorias de produtos. Em conformidade com as normas do INMETRO e da ABNT gera dados sobre composição, cuidados, tamanho e informações sobre o fabricante. O produto principal continua sendo o vestuário.
No caso da C&A, a ferramenta integra os sistemas desde o processo de criação das peças, etapa na qual o fornecedor especifica qual produto necessita de etiqueta e para qual marca será vendido. “O software, então, gera a etiqueta pronta para ser impressa – em qualquer máquina – e aplicada diretamente nas roupas”, salienta o informe.
MERCADO INTERNACIONAL
Além da geração de etiquetas obrigatórias para o mercado brasileiro, a Etiqueta Certa opera com módulos que garantem conformidade com a legislação dos Estados Unidos, gerando etiquetas em inglês, e do Mercosul, do qual o Brasil é signatário, com instruções em espanhol. Mais recentemente, a plataforma adicionou o módulo para atender a legislação francesa, acolhendo demanda de marcas brasileiras, principalmente de moda praia. São marcas com lojas próprias ou showroom na França, explica ao GBLjeans, Karine Liotino.
No ano passado, a empresa tinha a expectativa de que a atuação mais ampla com fornecedores de outros países refletisse em alta de faturamento. A projeção era alcançar R$3,2 milhões em 2024, meta entretanto não atingida. “Ficamos um pouco abaixo. Muito por conta da questão do ambiente macroeconômico”, comenta a CEO.
A ênfase em 2025 será negociar acordo de homologação semelhante ao fechado com a C&A com outros varejistas de moda do Brasil.
foto: divulgação