Expansão deve igualar 2017 e expectativa é alcançar faturamento de R$ 53,5 bilhões, no Brasil, segundo dados do novo relatório Webshoppers e Ebit
O comércio eletrônico brasileiro deve crescer 12% neste ano, somando R$ 53,5 bilhões, segundo dados do relatório Webshoppers e Ebit, igualando o percentual de expansão de 2017. O total de consumidores virtuais deverá chegar a 60 milhões, comparados a 55 milhões em 2017. No ano passado, as mulheres fizeram 1,4 milhão de pedidos a mais que os homens.
Em 2017, o relatório aponta que o e-commerce fecha com receita de R$ 49,7 bilhões, equivalente a crescimento nominal de 12%. O tíquete médio deve se expandir 8%, para R$ 452. No volume de pedidos, a expectativa é de uma alta de 4%, para 110 milhões, informa o estudo.
Em total de pedidos, a categoria de moda e acessórios liderou o comércio eletrônico no ano passado, com 14,2% das vendas. Em volume financeiro, a liderança ficou com telefonia/celulares, que ultrapassou os eletrodomésticos e alcançou 21,2% de participação. Pela primeira vez, alimentos e bebidas entraram na lista das dez principais categorias do comércio eletrônico.
No ano passado, 22,4 milhões de brasileiros compraram em sites internacionais, com gasto médio de US$ 36,80. O destaque são os sites chineses, com 54% das pessoas comprando no Aliexpress
Além da migração de consumidores do varejo físico, o crescimento do e-commerce deve ser impulsionado pelo aumento de preços e pela participação das vendas de categorias de produtos de maior valor agregado, tais como eletrodomésticos, smartphones, eletrônicos, acessórios automotivos, de casa e decoração. A Ebit prevê 40% de crescimento das compras feitas por meio de dispositivos móveis no comércio eletrônico. A expectativa é que 32% das transações tenham sido realizadas a partir de smartphones e tablets até dezembro de 2017.
Apesar de o cartão de crédito ser o principal meio de pagamento do e-commerce, praticamente metade das compras foi paga à vista. Segundo a consultoria, em 2018, a Copa do Mundo deverá incentivar as compras em determinadas categorias, como televisores, bebidas e artigos esportivos. A eleição presidencial, no entanto, pode frear o consumo no segundo semestre.