HeiQ e Renewcell avançam em fios circulares

HeiQ e Renewcell avançam na produção de fios têxteis circulares

Parceria das duas empresas envolve uso da polpa de celulose Circulose na produção do AeoniQ

HeiQ e Renewcell avançam na produção de fios têxteis circulares

Parte do investimento em direção à circularidade na moda, a suíça HeiQ e a sueca Renewcell anunciaram uma parceria industrial. O fio HeiQ AeoniQ será fabricado a partir da polpa celulósica Circulose, produto da Renewcell. Conforme comunicado das empresas, o arranjo industrial “permite a incorporação de matérias-primas recicladas no processo de produção de fios mais modernos e amigos do ambiente que facilitam 100% a circularidade na indústria têxtil”.

São fios de base biológica com a proposta de serem alternativa a fibras de origem fóssil, como náilon e poliéster, também para fibras derivadas da madeira, como liocel e modal.

O Circulose da Renewcell é um produto de uso têxtil à base de celulose solúvel, 100% fabricado a partir de resíduos têxteis, como jeans descartados e sobras de produção. De acordo com meta divulgada pela empresa, em 2022 a produção de Circulose deverá atingir 60 mil toneladas. E pular para 250 mil toneladas em 2026, quando espera atender 20 marcas globais de vestuário.

Entre os cases citados pela Renewcell estão coleções de vestuário feito com tecido trazendo fio de Circulose na composição da H&M, da Levi’s e da Bestsellers. “Nos últimos dois anos comprovamos com sucesso a aplicabilidade do Circulose como substituto direto do algodão virgem e da madeira como matéria-prima na moda”, declarou Patrik Lundström, CEO da Renewcell, no comunicado.

ESCALA INDUSTRIAL

Na visão de Carlo Centonze, cofundador e CEO da HeiQ, ao usar Circulose como fonte de matéria-prima para o HeiQ AeoniQ, a empresa resgatará “toneladas de têxteis que acabariam em aterros sanitários, preservando nossas árvores e florestas”.

O fio celulósico HeiQ AeoniQ de uso têxtil trabalha com biopolímeros celulósicos. O desenvolvimento do fio deu origem à subsidiária de mesmo nome que em fevereiro recebeu aporte de US$5 milhões da Hugo Boss. O capital arrecadado serviria de alavanca para dar escala industrial e dimensão comercial à nova tecnologia.

foto: Renewcell (divulgação)