Jeans ganha peso no Posthaus

Item não é o mais vendido nesse ecommerce especializado em moda, mas, procura tem crescido, especialmente para outros produtos que não calças

Desde que foi criado em 2007, pelo ecommerce de moda Posthaus já passaram 1,3 mil modelos diferentes de calças feitas de denim. Apenas de um modelo, uma calça plus size da Quintess, marca feminina do mesmo grupo do site de vendas online, foram comercializadas 11,5 mil peças entre 2013, quando foi lançado o produto, até junho passado. Atualmente, a oferta soma 250 modelos de calças para mulheres, de cerca de 70 marcas diferentes.

“A busca por calças jeans sempre foi muito grande. Esta é uma peça para a qual olhamos com muito carinho porque, quando a cliente compra pela primeira vez um modelo e percebe que ele se adequou ao que ela precisava, o índice de recompra é muito alto”, constata Thiago Zutter, gerente de ecommerce do Posthaus, com base em levantamento realizado pelo site para avaliar o desempenho do jeans nas vendas. Na avaliação da companhia, o jeans é um dos itens bem vendidos no site por conta da variedade de tamanhos disponíveis (do PP ao 60).

“Isso ajuda o consumidor encontrar aquilo que procura. Até porque temos peças bem fashionistas e outras mais tradicionais”, analisa o executivo, citando o range de preços da calça jeans feminina como mais um indicador de variedade. A mais barata à venda custa em torno de R$ 40 podendo alcançar em torno de R$ 500, dependendo da marca e do produto. Outra constatação é de que hoje a oferta de jeans na plataforma não está restrita a calças. Se camisaria em denim já foi mais forte, os vestidos em denim têm começado a aparecer de maneira consistente no radar das vendas, conta Zutter. Os shorts são fortes no verão.

PÚBLICO DA PLATAFORMA
São as mulheres as principais clientes do Posthaus, desde o início há uma década. Moram em regiões metropolitanas, especialmente do sul e do sudeste; e estão na faixa dos 30 anos. A participação da linha masculina é pequena tanto em oferta quanto em venda, enquanto o mix para o público infantil tem crescido, aponta Zutter. A sede do Posthaus fica em Blumenau, em Santa Catarina, cidade onde também está localizado o centro de distribuição da companhia.

O gerente de ecommerce explica que até 2016 a curva de expansão foi bem aguda. Em 2017 e 2018, porém, as vendas não cresceram no mesmo ritmo. “No acumulado de 2018, o volume empatou com 2017”, diz. O Posthaus opera com três modalidades de negócios que são transparentes ao consumidor, que enxerga tudo como uma vitrine só. O site vende produtos de suas marcas próprias (Quintess, Marguerite, Christian Gray, entre outras), confeccionados por terceiros. Determinadas peças, como de marcas conhecidas nacionalmente, são compradas pelo Posthaus e revendidas. A terceira modalidade é a de lojas parceiras, geralmente, marcas pequenas que não têm presença em ecommerce. Nesses casos, os parceiros fazem uma seleção do que venderão pelo Posthaus e a quantidade. Essas mercadorias ficam em consignação no CD do Posthaus e a marca paga um percentual sobre as vendas. Com esse modelo, ainda que o consumidor escolha produtos das três modalidades, o pedido é tratado como único, salienta Zutter.

O acompanhamento do modo de compra mostra que desde dezembro, 70% das visitas ao portal são feitos a partir de smartphones, incluindo os usuários do app do Posthaus. Porém, metade dos consumidores fecha o pedido usando computador. O gerente entende que muitas vezes a tela maior ajuda a ver melhor os detalhes das roupas, para explicar a opção de comprar pelo computador.