Pesquisa anual da ebit mostra que o setor figura entre as cinco categorias de maior faturamento em 2011
As análises de comportamento do consumidor ainda são difusas quando envolvem a compra de itens de moda e acessórios pela web. Mas, o fato é que em 2011 o chamado e-consumidor comprou mais roupas e calçados pela web, a ponto de o setor figurar como a quinta categoria de maior faturamento no ranking constituído pela 25ª pesquisa WebShoppers, da consultoria ebit. Até 2010, a categoria que inclui roupas, calçados, acessórios e artigos esportivos, como camisetas de times, mantinha a 8ª posição entre os mais vendidos.
O setor mudou de patamar ao faturar 7% dos R$ 18,7 bilhões vendidos pelo varejo brasileiro na web ao longo do ano passado. Movimentou, portanto, R$ 1,3 bilhão, ocupando o lugar de livros, revistas e jornais (que até 2010 figurava na segunda posição com 12% do faturamento total). De acordo com o mix atual, eletrodomésticos continuam a liderar a preferência de compras com 12% do total, seguido de bens de informática (12%), aparelhos eletrônicos (8%) e produtos de saúde, beleza e medicamentos (7%).
Ao iniciar o ano, a equipe de analistas da ebit previa que as vendas do comércio eletrônico no Brasil cresceriam 30% sobre os R$ 14,8 bilhões de 2010. A expansão foi menor por conta do cenário econômico internacional desfavorável, as medidas internas de contenção do crédito visando domar a inflação, entre outros aspectos. Fechou o ano em 26%, crescimento nada desprezível.
A expectativa para 2012 aponta para 25% de aumento, atingindo vendas avaliadas em R$ 23,4 bilhões. Com a entrada de mais gente e maior participação dos itens das categorias Moda e Acessórios, Saúde e Beleza, a avaliação é de que o valor do tíquete médio fique menor. Em 2011, recuou 6,5%, rodando R$ 350,00. Para este ano, a previsão é o valor do tíquete médio girar em torno de R$ 340,00.
Para realizar a pesquisa WebShoppers, a empresa consulta 5 mil lojas virtuais e seu painel de e-consumidores.