Ranking preparado pela SBVC engloba sete empresas do varejo de moda, entre marcas e marketplaces especializados
Sete empresas do varejo de moda pertencem ao ranking dos 50 maiores ecommerce do Brasil. O levantamento é feito anualmente pela SBVC (Sociedade Brasileira do Varejo e Consumo). A lista de 2018 usa como referência os resultados apresentados no ano anterior. Assim, em 2017, esse grupo de operações de ecommerce movimentou R$ 36,2 bilhões, aumento de 8,74% sobre os R$ 33,29 bilhões de 2016.
Considerando que segundo o relatório Webshoppers, da eBit, as vendas do varejo online alcançaram R$ 47,7 bilhões, em 2017, esses 50 ecommerce sustentam praticamente 76% do total. A participação do varejo de moda é pequena, em torno de R$ 2 bilhões. Os marketplaces especializados asseguram a maior fatia do faturamento. O maior deles é o GFG Latam, grupo dono da Dafiti, da Kanui e da Tricae. Com faturamento 100% obtido com vendas online, a companhia teve receita bruta de R$ 1,1 bilhão em 2017, suficiente para avançar uma posição e estar em oitavo lugar.
Com a metade desse faturamento, o Privalia com R$ 500 milhões de vendas fecha o grupo dos dez maiores. Também especializado o Icomm Group, dono do Shop2gether e Oquevestir, teve faturamento bruto em 2017 de R$ 250 milhões, 100% obtidos com comércio eletrônico, o que lhe rendeu o 21º lugar do ranking da SBVC.
Entre as marcas que operam canal misto de lojas físicas e online no varejo, a Reserva é a maior. Faturou R$ 74,19 milhões com vendas pela internet, valor que representa 13% da receita bruta total da empresa em 2017 de R$ 363 milhões. No ranking geral, é dela o 37º lugar. Em 2016, com receita online de R$ 25,22 milhões era a última do grupo. De acordo com o levantamento da SBVC, a Reserva atua com comércio eletrônico desde 2011.
A Cia Hering vem logo atrás, na 38ª posição, com vendas pela web de R$ 45,32 milhões, contribuindo para um faturamento bruto total de R$ 1,61 bilhão em 2017. Esse valor representa 2,8% da receita.
A holding Restoque, dona de marcas como John John e Dudalina, registra R$ 29,97 milhões com comércio eletrônico, 2,4% do faturamento bruto total que foi de R$ 1,24 bilhão no ano passado. Pela análise da SBVC, foi um salto e tanto, tendo saído de R$ 14,94 milhões de vendas online em 2016.
Outro grupo de moda fechar a participação no ranking. É o Lins Ferrão, que controla a Lojas Pompéia e a Gang. Está em 42º lugar, mediante receita pela web de R$ 28,66 milhões e frente a faturamento total de R$ 858,30 milhões. A participação do comércio eletrônico no grupo foi de 3,3% em 2017.
O maior ecommerce brasileiro é o BW2 que faturou R$ 8,76 bilhões com comércio apenas pela web. Sob o guarda-chuva da companhia estão sites como Americanas.com, Submarino e Shoptime. A Amazon figura na 13ª posição com receita estimada em R$ 410 milhões. O marketplace da empresa entrou em operação no Brasil em outubro de 2017, apenas com a venda de eletroeletrônicos. O aumento do mix foi feito em 2018, incluindo vestuário de marcas locais.