Reserva contribuiu com R$90 milhões da receita bruta de dezembro do grupo, que é líder no ramo de calçados e acessórios.
A teleconferência com investidores mostrou que a Arezzo avança no setor de vestuário. Começou por assumir a operação local da Vans, que tem uma linha de roupas, mas com tênis sendo o principal produto. Prosperou nesse terreno em dezembro de 2020, ao receber a aprovação para incorporar o Grupo Reserva que contribuiu com R$90,3 milhões para a receita bruta no mês, representando 12,5% do total das vendas da companhia. No último trimestre de 2020, a contribuição correspondeu a R$168 milhões, de acordo com o balanço financeiro anual.
Ao longo do ano passado, entre Vans e Reserva, a Arezzo vendeu 935 mil peças de roupas. É pouco perto dos 13 milhões de pares de calçados comercializados em 2020. Mas a Arezzo&Co quer mais. Aos investidores disse que em 2021, no segundo semestre, a Arezzo avança com o lançamento da Schutz Vestuário, muito baseada na marca Eva, do Reserva.
Antes disso, deverá fazer o lançamento da linha feminina da marca Reserva para a qual contratou profissional dedicado.
Outra frente em vestuário envolve o projeto de licenciamento de marcas do grupo mineiro para produtos de terceiros, incluindo itens de homewear, disse aos analistas de mercado Alexandre Birman, CEO do Arezzo&Co.
Também não descartou a aquisição de mais marcas nacionais, principalmente, de roupas femininas ao longo de 2021.
RESULTADOS
A receita líquida da Arezzo&Co atingiu R$2,02 bilhões queda de 1,8% sobre 2019. O lucro líquido foi 38,1% menor na mesma base de comparação, caindo para R$87,3 milhões em 2020.
O desempenho do quarto trimestre sustentou a maior parte desse ganho. O lucro líquido de outubro a dezembro somou R$83,2 milhões, aumento de 77,8% sobre o quarto trimestre de 2019. A receita líquida contabilizou no último trimestre do ano R$644,6 milhões, crescimento de 39,8%.
Ao todo, a Arezzo&Co opera 901 lojas, sendo 14 delas da Vans e 122 da Reserva. Para 2021, a intenção é abrir outros 14 pontos da Vans.