Ainda que operando com prejuízo, empresa registra trimestre com incremento de 24% na receita líquida.
Nascida digital, como plataforma online para venda de roupas e acessórios de moda feminina de segunda mão, a empresa dona do Enjoei estreou no varejo físico com a abertura de 3 lojas na capital paulista entre abril e agosto de 2024. Conforme a companhia, as inaugurações funcionaram como teste para um novo ciclo de expansão do brechó Enjoei que parte para abrir franquias a partir de 2025. Os planos estão amparados por bons resultados obtidos no 3º trimestre de 2024, quando alcançou fluxo de caixa positivo alavancando investimentos.
Mesmo ainda operando com prejuízo, a Enjoei registra receita líquida de R$68 milhões apurada entre julho e setembro. O valor corresponde a incremento de 24% quando comparado ao 3º trimestre de 2023. Em grande medida, a receita é sustentada pelo ecommerce de segunda mão Enjoei. Também reflete os resultados da receita obtida pelo ecommerce de artesanato Elo7, de produtos novos, cuja aquisição integral ocorreu 2023.
A sinergia entre os negócios mesmo em segmentos de produtos diferentes de ajudou na diluição de despesas operacionais, como na parte logística, e impulsionou o caixa.
De acordo com o balanço financeiro publicado, o prejuízo líquido no 3º trimestre de 2024 anota R$2,6 milhões, bem menor que a perda de R$20 milhões registrada em igual período do ano passado.
PLANO AMBICIOSO
Desde abril, quando inaugurou sua primeira loja física de varejo, o Enjoei já informava ao mercado plano de expansão, parte do qual através da abertura de 300 franquias ao longo de três anos. Aos investidores, Tiê Lima, CEO da empresa, explicou que a meta é viável considerando o desempenho do brechó Cresci e Perdi, do qual a Enjoei comprou 25% do capital no início de 2024. O brechó de roupas e artigos infantis controla a maior rede de franquias do segmento no Brasil, operando ao final de setembro com 487 lojas, sendo 16 abertas no 3º trimestre.
foto: divulgação (fachada da loja do Enjoei da Vila Madalena/SP)