Franquias de moda estão entre as 50 maiores da ABF

A área de moda representa 14% do setor, vindo após alimentação (36%) e serviços educacionais (18%).

A Associação Brasileira de Franchising (ABF) divulgou na quinta-feira passada, 12 de janeiro, o perfil das 50 maiores marcas de franquias no Brasil junto com o balanço da área. O setor deve fechar o ano de 2016 com faturamento de R$ 150,7 bilhões, crescimento de 8% ante 2015, sendo que a projeção para 2017 é de aumento de 7% a 9%. Em número de unidades, a expansão foi de apenas 3,1%, terminando o ano passado com 142 mil lojas em operação. A projeção para 2017 não é muito diferente deste ano: crescimento de 4% a 5%.

O país terminou 2016 com 3.039 marcas, queda de 1,1% ante 2015. Segundo o diretor de inteligência de mercado da entidade, Claudio Tieghi, isso se deveu à consolidação entre marcas e o abandono do mercado de algumas redes, movimento que não se refletiu na queda do número de lojas em operação. “As redes já consolidadas continuam a expandir o número de pontos de venda”, afirma o diretor. A projeção para 2017 é de crescimento zero em volume de novas redes, mas com incremento de 2% a 3% no número de empregos diretos no franchising.

NO VESTUÁRIO
A ABF passou a classificar os ramos econômicos com base na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). O setor de vestuário, por exemplo, passou a se chamar moda, abrangendo também acessórios pessoais e calçados. O segmento representa 14% entre as 50 maiores marcas de franquias no Brasil, vindo após alimentação (36%) e serviços educacionais (18%). De acordo com o levantamento, as lojas são o principal ponto comercial adotado por 94% das 50 maiores marcas e 6% correspondem aos demais formatos, como quiosques, por exemplo.

Em moda, 80% das marcas contam com unidades físicas e 20% operam em outros formatos, principalmente lojas virtuais. Das unidades físicas, 53% estão localizadas no sudeste, 17% no nordeste, 14% no sul, 9% no centro oeste e 7% no norte. O estudo apontou também que 68% das franqueadoras listadas têm mais de dez anos de atuação no mercado.

Entre as 50 maiores franquias de moda o estudo destaca a Chilli Beans, com 698 unidades; a Hering Store com 642 unidades; a Carmen Steffens, com 449 unidades; a Arezzo, com 374 unidades; a Morana, com 278; e a Piticcas Moda Criativa, com 250 lojas.

MICROFRANQUIAS
O estudo da ABF também traçou um perfil das microfranquias, unidades cujo investimento inicial é de até R$ 80 mil. Em 2016, operavam no país 557 marcas com unidades de microfranquia, seja de forma exclusiva ou paralela ao modelo tradicional, sendo que o número era de 384 há três anos. Deste universo, 79,8% atuam exclusivamente com microfranquias e 20,2% em ambos os formatos: tradicional e microfranquia. Dentre as redes que ainda não operam com o modelo, 36% declararam pretender desenvolvê-lo nos próximos anos. Já entre os franqueadores que operam nos dois formatos, 42% das unidades são microfranquias.

O estudo indica que 31% das redes exclusivamente de microfranquias operam acima de 100 unidades e 25% têm menos de dez. O crescimento do número de unidades no Brasil, segundo Tieghi, se deu pela retração da economia e o aumento do desemprego. A queda de vendas também fez com que as grandes redes começassem a oferecer formatos mais otimizados aos interessados em abrir lojas.