Grupo comprou participação minoritária no brechó de marcas de luxo por R$27 milhões.
A revenda de artigos de luxo de segunda mão anda agitada no Brasil. Comunicado ao mercado nesta semana informa que o Iguatemi entra de sócio no Etiqueta Única. O grupo dono da rede de shopping centers, entre outros empreendimentos, anunciou a compra de participação minoritária no brechó online de marcas de luxo, com opção de assumir o controle total da operação em três anos.
Pagou R$27 milhões por 23,08% do capital do Etiqueta Única criado em 2013. Em meados do ano passado, o fundador do ecommerce Nelson Barros disse em reportagem da Exame que a plataforma teria faturado R$10 milhões em 2020 e movimentado R$24 milhões em negociações de compra e venda dos produtos usados de marcas como Chanel, Louis Vuitton, Prada, Dolce & Gabbana.
O comunicado anunciando a participação no Etiqueta Única relata que a plataforma movimentou 65 mil produtos de cerca de 600 marcas de luxo em nove anos. “Sempre teve lucro”, assegura o comunicado, sem fornecer detalhes financeiros de receita e resultados da empresa.
O Iguatemi explicou que essa é a segunda incursão do grupo no mercado de revenda de produtos de luxo usados. Antes disso, havia injetado capital no Repassa, dentro do seu programa de ventures. Com a compra do Repassa pela Renner, “o valor da transação foi revertido para quitar a maior parte do valor investido na Etiqueta Única”.
No ano passado, além de a Renner comprar o Repassa, a Arezzo&Co absorveu o Troc e o Enjoei abriu capital.
PRÉVIA DE 2021
Conforme a prévia dos resultados do quarto trimestre de 2021, o Iguatemi declarou que as vendas do período bateram o recorde da história da companhia. Atingiram R$4,75 bilhões no último trimestre de 2021, representando crescimento de 11,8% em relação a igual período de 2019. E aumento de 30,6% sobre o quarto trimestre de 2020.